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Projetar sobre projetos: currículo e ensino de história

Antonio Simplicio Almeida Neto

Resumo


Contra as evidências que entendem a educação escolar como um produto e os professores como figuras acessórias para a reprodução de propostas curriculares alienígenas, esse artigo propõe discutir projetos curriculares para o ensino de história tomando por referência a pesquisa de elementos da cultura escolar, a saber, os diferentes sujeitos escolares, os discursos, as práticas e os rituais, a cultura material e a arquitetura escolar (Antonio Viñao-Frago, 2007). Retomamos o entendimento de Marc Bloch, para quem, o ofício do historiador, e do professor de história, por conseguinte, implica em posicionamento criativo, uma vez que pressupõe movimento, transformação e renovação. Tal postura se coaduna com o debate em torno da cultura escolar que toma a instituição escolar como produtora de cultura e não mera reprodutora de culturas que lhe são exteriores. Consideramos estar em jogo a relação entre projeto e destino (Giulio Argan, 2004): seguir o desígnio dito e decidido por outrem e efetuar o produto educacional, consumando a tão criticada fragmentação entre os criadores e executores ou projetar, tomando para si o desígnio, o desenho da aula de História.


Palavras-chave


ensino de história;currículo;cultura escolar;projetos

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