UMA VISÃO EMANCIPATÓRIA DA EDUCAÇÃO EM SEXUALIDADE PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
DOI:
https://doi.org/10.5380/diver.v17i1.93591Resumo
A sexualidade é inerente ao ser humano e ao longo da vida se manifesta de diferentes formas, sendo constituída pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, históricos e religiosos que o indivíduo vivencia. Jáa educação em sexualidade é tratada, muitas vezes, como um tabu e seu enfoque em sala de aula pode ser dificultado pela falta de preparo e conhecimento dos professores, por falta de apoio familiar e por costumes e crenças internalizados na nossa sociedade. Assim, realizou-se um estudo bibliográfico sobre a sexualidade, sua relação com a Educação Profissional e Tecnológica e as redes de poder que a perpassam, identificando pontos importantes que devem ser trabalhados no ambiente escolar por meio de uma visão emancipatória da educação em sexualidade. Constatou-se que é necessário esclarecer e compreender a importância de um ponto de vista transversal em sala sem sobrecarregar apenas uma disciplina, focando em pontos que vão além do aspecto biológico e incentivando uma abordagem plural, inclusiva e emancipatória da educação em sexualidade.
Referências
ALTMANN, Helena. Orientação Sexual nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 575-585, 2001.
ALTMANN, Helena. Verdades e pedagogias na educação sexual em uma escola. 2005. 227 f. Tese (Doutorado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 1 dez. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental: apresentação dos temas transversais, ética. Brasília: MEC/SEF, 1997a.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental: orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997b.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997c.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
BRASIL. Ministério dos Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília: MDH, 3ª reimpressão, simplificada, 2018.
BRITZMAN, Deborah. Curiosidade, sexualidade e currículo. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: Pedagogias da sexualidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, cap. 3, p. 105-142, 2019.
CESÁR, Maria Rita de Assis. Gênero, sexualidade e educação: notas para uma “epistemologia”. In: Educar em revista. v. 35, 2009. Disponível em:
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/educar/article/view/16692/11100. Acesso em: 10 ago. 2020.
DE JESUS, Maria Cristina Pinto. O significado da educação sexual na relação pais/adolescentes. Revista brasileira de enfermagem. v. 52, n. 3, p. 455–468, jul./set. 1999.
FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Sexualidade e afetividade: implicações no processo de formação do educando. In: FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico (Org.). Educação Sexual: em busca mudanças. Londrina: UEL, 2009.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade II O Uso dos Prazeres. 8. ed. São Paulo: Graal, 1984.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I A Vontade de Saber. 13. ed. São Paulo: Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Ética, Sexualidade, Política / Ditos e escritos. Organização e seleção de textos: MOTTA, Manoel Barros da. Tradução Elisa Monteiro, Inês Autran Dourado Barbosa. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p. 62-63, 2006.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 10. ed. Rio de Janeiro / São Paulo: Paz e Terra, 2019.
JONES, Daniel Eduardo. Diálogos entre padres y adolescentes sobre sexualidad: discursos morales y médicos en la reproducción de las desigualdades de género. In: Interface - Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, SP, v. 14, n. 32, p.171-82, jan./mar. 2010.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz. Por uma pedagogia da diversidade de corpos, gêneros e sexualidades. In: SILVA, Fabiane Ferreira da. [Et al.]. Sexualidade e escola: Compartilhando saberes e experiências. 2. ed. Rio Grande do Sul: FURG, p. 8-14, 2008.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: das afinidades políticas às tensões teórico-metodológicas. Educação em Revista, Belo Horizonte, MG, v. 46, n. 46, p. 201-218, dez. 2007.
LOURO, Guacira Lopes (Org.) O corpo educado: Pedagogias da sexualidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
RAMOS, Marise Nogueira. Ensino médio integrado ciência, trabalho e cultura na relação entre educação profissional e educação básica. In: MOLL, J. et al. Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, cap. 2, p. 42-57, 2010.
SILVA, Tomaz Tadeu da. "A poética e a política do currículo como representação."
Trabalho apresentado no GT Currículo na 21ª Reunião Anual da ANPED, 1998.
UNESCO. Orientações técnicas de Educação em Sexualidade para o Cenário Brasileiro: tópicos e objetivos de aprendizagem. – Brasília, UNESCO, 2014. 53 p., il. Disponível em: < http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002277/227762por.pdf >. Acesso em: 18 jun. 2020.
YUS, Rafael. Temas transversais: em busca de uma nova escola; Tradução Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais (copyright)
Não serão pagos direitos autorais aos autores dos textos publicados pela revista. Os direitos autorais são do autor, no entanto, seu acesso é público e de uso gratuito.