APROXIMAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO POPULAR NO MST E BEM VIVER

Autores

  • Edna De Meira Coelho Mestranda em Ensino das Ciências Ambientais – POLO – UFPR.
  • Nicolle Cloé Nassur

DOI:

https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83353

Resumo

O presente artigo discutiu as aproximações entre a Educação Popular no Movimento das e dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a proposta filosófica do Bem Viver, que tem sua origem nos povos e comunidades originários da América. O objetivo do trabalho foi realizar um diálogo entre os autores apresentados para com base neste referencial teórico construir argumentos que demonstrassem a confluência dos movimentos. Utilizando do aporte metodológico com base em revisão bibliográfica, identificou-se os seguintes pontos de conexão: o ser humano precisa de raízes e, somente, consegue produzi-las quando participa de uma coletividade sendo a relação da comunidade com natureza fundamental para os dois movimentos, ambos projetos de sociedade constituem-se como alternativas contra o poder hegemônico que alienou a relação do homem com a natureza e os movimentos, de alguma maneira, criaram meios de luta e de resistência ao poder do latifúndio e do capitalismo global, que tem origem de base colonial, por meio da luta pela terra e da defesa da natureza. Em vias de conclusão considerou-se que tanto o MST como o Bem Viver, apresentam pontos em comum em suas fundamentações teóricas e práticas de existência, sendo necessário em futuros trabalhos, aprofundar em quais pontos há um distanciamento entre eles.

Palavras-chave: Coletividade; Movimento Social; Anticolonial.

Biografia do Autor

Edna De Meira Coelho, Mestranda em Ensino das Ciências Ambientais – POLO – UFPR.

Graduada em Filosofia (PUC-PR). Mestranda em Ensino das Ciências Ambientais – POLO – UFPR.

Nicolle Cloé Nassur

Graduada em Filosofia (PUC-PR). Mestranda em Ensino das Ciências Ambientais – POLO – UFPR.

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Publicado

30-12-2021

Como Citar

De Meira Coelho, E., & Cloé Nassur, N. (2021). APROXIMAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO POPULAR NO MST E BEM VIVER. Divers@!, 14(2), 38–45. https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83353

Edição

Seção

Dossiê