LITERATURA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO

Autores

  • Gisele Paiva Lima Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Setor Litoral, Matinhos, Paraná
  • Fábio de Carvalho Messa Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Setor Litoral, Matinhos, Paraná
  • Kayan Gusmão Escola Estadual Cívico-Militar Professora Abigail dos Santos Corrêa - Ensino Fundamental - Séries Finais, Matinhos, Paraná.

DOI:

https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83072

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar uma sequência didática envolvendo práticas de leitura literária e reflexão voltadas à Educação Ambiental Crítica. A ação descrita foi desenvolvida durante as aulas de Literatura, no nono ano do Ensino Fundamental, Município de Matinhos, Litoral do Paraná, a fim de verificar a possibilidade da utilização de textos literários como instrumento pedagógico voltado à Educação Ambiental numa abordagem crítica social, dessa forma observando como os estudantes percebem as relações interpessoais e político-sociais na obra O Voluntário, de Inglês de Sousa, escritor paraense pertencente à escola literária naturalista, características temporais e regionais, confrontando-as com suas impressões sobre como se refletem no cotidiano. As atividades envolveram cinco momentos distintos: inicialmente foi apresentada a obra para apreciação individual, em seguida foram orientadas ações que promovessem a oralidade, proporcionando a reflexão e o diálogo constantes. Recortes das expressões orais e das produções escritas são descritas e analisadas ao longo do texto, no intuito de verificar os repertórios pré-existentes dos alunos e investigar possíveis ressignificações. A prática consistiu em cinco momentos divididos em 6 aulas de 45 minutos cada, na seguinte ordem: leitura inicial do conto escolhido sem contextualização, seleção de trechos significativos para os alunos, roda de conversa, confecção de painel e produção textual.

Palavras-chave: relações sociais; práticas de leitura; crítica social; aprendizagem significativa.

Biografia do Autor

Gisele Paiva Lima, Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Setor Litoral, Matinhos, Paraná

Licenciatura em Letras Português, Inglês e Respectivas Literaturas pela FAFIPAR (2002); mestranda no programa PROFCIAMB - UFPR - Setor Litoral

Fábio de Carvalho Messa, Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Setor Litoral, Matinhos, Paraná

Graduação em Comunicação Social - Jornalismo pela PUC-RS (1991), graduação em Letras -
Licenciatura - Língua e Literatura Bras. pela UFRGS (1993), graduação em Educação Física - Licenciatura pela
UFSC (2005), mestrado em Literatura pela UFSC (1997), doutorado em Literatura pela UFSC (2002), é mestre
em Educação Física pela UFSC (2010). Atualmente é Professor Associado I do Curso de Licenciatura em
Linguagem e Comunicação e do Curso de Licenciatura em Educação Física da UFPR Litoral.

Kayan Gusmão, Escola Estadual Cívico-Militar Professora Abigail dos Santos Corrêa - Ensino Fundamental - Séries Finais, Matinhos, Paraná.

Licenciatura em Letras Português, Inglês e Respectivas Literaturas pela FAFIPAR

Referências

ACSELRAD, H. Ecologia: direito do cidadão. Rio

de Janeiro: Gráfica JB, 1993.

ALZATE PATIÑO, A.; CASTILLO, L.A.; GARAVITO, B.A.; MUÑOZ, P. Propuesta pedagógica para el desarrollo local ambiental. Una estrategia en construcción. Colombia: Planeta Rica, 1994.

BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Editora Cultrix, 2013.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação Ambiental Crítica: nomes e endereçamentos da educação. In: LAYRARGUES, Philippe Pomier. Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004.

COMPAGNON, Antoine. O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.

FARACO, Carlos Alberto. Linguagem e Diálogo: As ideias linguísticas do Círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

GUIMARÃES, M. Por uma educação ambiental crítica na sociedade atual. Revista Margens Interdisciplinar, Abaetetuba, v. 7, n. 9, p. 11-22, set. 2013.

MOREIRA, Marco Antonio. O que é afinal Aprendizagem Significativa?. 2010. Disponível em: http://moreira.if.ufrgs.br/oqueeafinal.pdf . Acesso em 23 set. 2021.

MORIN, Edgar. Ensinar a viver: Manifesto para mudar a educação. Porto Alegre: Editora Sulina, 2015.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Editora Cortez, 2011.

PILON, André Francisco. A ocupação existencial do mundo: uma proposta ecossistêmica. In: PHILIPPI JR, Arlindo; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Educação ambiental e sustentabilidade. 2. ed ver. e atual. Barueri, SP: Manoele,2014.

PORTO-GONÇALVES, C. W. De saberes e de territórios: diversidade e emancipação a partir da experiência Latino-Americano. GEOgraphia, v. 8, n. 16, 4 fev. 2010.

SAUVÉ, L. 2005. Uma cartografia das Correntes em educação ambiental. In: M. SATO; I. C. M. CARVALHO (org.). Educação Ambiental. Porto Alegre: Artmed. P. 17-45.

JOBIM E SOUZA, S.; GAMBA JÚNIOR, N. Novos suportes, antigos temores: tecnologia e confronto de gerações nas práticas de leitura e escrita. Revista Brasileira de Educação, n. 21, p. 104-114, 2002.

Downloads

Publicado

30-12-2021

Como Citar

Lima, G. P., Messa, F. de C., & Gusmão, K. (2021). LITERATURA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO. Divers@!, 14(2), 80–91. https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83072

Edição

Seção

Dossiê