Open Journal Systems

A LINGUAGEM DOCENTE COMO PROMOTORA DE AMBIENTES SAUDÁVEIS NOS CONTEXTOS DE ENSINO APRENDIZADO

Claudio Schubert, Dóris Cristina Gedrat, André Guirland Vieira, Gehysa Guimarães Alves

Resumo


O presente ensaio teórico tem por objetivo refletir sobre a capacidade que o professor tem em produzir uma linguagem racionalmente elaborada e, assim, contribuir para o desenvolvimento de ambientes saudáveis na escola. A análise tem como foco a linguagem, especialmente a falada, na relação professor e aluno. O presente estudo revela que no processo de ensino aprendizado existe uma presença marcante da racionalidade unidirecional centrada no professor. A análise de três fatos noticiados pela mídia e repercutidos pelas redes sociais ilustra a tensão que se instalou na instituição educação e mostra que um novo paradigma, o que busca a consensualidade, se faz necessário. Essa nova forma de organizar o ambiente educacional é fortemente reivindicada pela Organização Mundial de Saúde, com a proposta da Escola Promotora da Saúde.

Palavras-chave:ESCOLA PROMOTORA DA SAÚDE; DOCÊNCIA; COMUNICAÇÃO.


Texto completo:

PDF

Referências


Referências

ALVES, G. Capacitação em vigilância da saúde fundamentada nos princípios da educação popular. Tese de doutorado. PUCRS: Porto Alegre, 2006.

ARISTÓTELES. A Política. 2ªed. Bauru, São Paulo: EDIPRO, 2009.

BOURDIEU, P. Ce que parler veut dire. Paris: Fayard, 1982.

BOURDIEU, P., PASSERON, J-C e de SAINT MARTIN, M. Academic Discourse. Standford: Standford University Press, 1994.

BOURDIEU, P e WACQUANT, L.J.D. An invitation to Reflexive Sociology. Chicago: Chicago University Press, 1992.

BUSS, P.M.; Filho, A.P. A Saúde e seus Determinantes Sociais. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2007, 17(1):77-93.

CORDEIRO, J.C (2008) A promoção da saúde e a estratégia de cidades saudáveis; um estudo de caso no Recife e Pernambuco. Tese de Doutorado. Fundação Oswaldo Cruz.

DURANTI, A. Linguistic Anthropology. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.

FOCESI, E. Educação em saude: campos de atuação da area.Rev. Bras. Saude Esc. 1990; 1:19-21.

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Promoção da saúde: declaração de Bogota. Brasília (DF);1996.

GARFINKEL, Harold. Studies in Ethnomethodology. Englewood Cliffs, N. J.: Prentice-

Hall, 1967.

HABERMAS, Jurgen. Teoría de la acción comunicativa: complementos y estudios previos.

Tradução de Manuel J. Redondo. 6. ed. Madrid: Ediciones Cátedra, 2011.

MYNAIO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: 14ª ed – Hucitec, 2014.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. A promoção da saúde no contexto escolar. Informes Técnicos Institucionais. Projeto de Promoção da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Rev. Saúde Pública. V.36. n. 4. São Paulo, agosto, 2002.

MINTO, EC et al. Ensino de habilidades de vida na escola: uma experiência com adolescentes. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 3, p. 561-568, set./dez. 2006

MÜHL, E.H. Habermas e a educação: racionalidade comunicativa, diagnóstico crítico e emancipação. Educação & Sociedade. Campinas, v. 32, n. 117, p. 1035-1050, out.-dez. 2011.

ORDINE, Nuccio. A utilidade do inútil: um manifesto. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.

ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD. Escuelas Promotoras de La Salud: entornos saludables y mejor salud para las geraciones futuras. Washington, DC, 1998. (OPAS - Comunicación para La salud, 13).

ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE. Por una juventud sin tabaco: adquisición de habilidades para una vida saludable. Publicación Científica y Técnica no. 579. Oficina Sanitaria Panamericana. Oficina Regional de la OMS, 2001.

PAIVA, FS; RODRIGUES, MC. Habilidades de vida: uma estratégia preventiva ao uso de substâncisa psicoativas no contexto educativo. Estudos e pesquisas em Psicologia. UERJ, ano 8, n. 3. 2008, p 672-684.

PELICIONI, M.C.F; MIALHE, F.L. (Orgs.) Educação e Promoção da Saúde. Teoria e Prática. São Paulo: GEN, 2012.

PELICIONE, M.C.F. TORRES, A.L. A escola promotora da saúde. São Paulo: 1999, FSP/USP, (Série Monográfica, 12).

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Ensaio sobre a origem das línguas. Tradução de Fulvia M.L. Moretto. 3ªed. Campinas, SP: UNICAMP, 2008.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da educação. Tradução de Roberto L. Ferreira. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

SCHEGLOFF, E. Interaction: the infrastructure for social institutions, the natural ecological niche for language, and the arena in which culture is enacted. In: ENFIELD N.J, LEVINSON, S.C. (Eds.) Roots of human sociality. New York: Berg, 2006

SHUBERT, C. e GEDRAT, D. Reflexões sobre o ensino de gramática à luz da teoria da ação de Habermas: repercussões no ensino de língua portuguesa da ação comunicativa orientada ao entendimento. Ângulo, n. 143, 2016. p.13-30.

TRAVAGLIA, L.C. Gramática e interação. São Paulo: Cortez, 2007.

WATSON, R. GASTALDO, E. Etnometodologia & análise da conversa. Petrópolis, RJ: Vozes; Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, 2015.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/diver.v13i1.70101

Apontamentos

  • Não há apontamentos.