TRANSDISCIPLINARIDADE, CUIDADO E LUDICIDADE: CONTORNOS DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO COTIDIANO MBYA-GUARANI
DOI:
https://doi.org/10.5380/diver.v12i2.69513Resumo
Este artigo decorre da pesquisa para obtenção do título de mestre em Desenvolvimento Territorial Sustentável pela UFPR, na qual se buscou compreender como a ludicidade, o brincar e as brincadeiras ocorrem na comunidade Pindoty (terra de muitos coqueiros) no litoral do Paraná. Algumas questões surgiram no processo deste trabalho: 1) O campo disciplinar é forma recente de organizar o conhecimento? 2) O que podemos aprender com os nossos ancestrais? 3) Qual a relação entre os elementos encontrados no cotidiano da comunidade Pindoty com a transdisciplinaridade de Nicolescu? Nesse sentido, a pesquisa teve o intuito de conhecer qual a realidade do brincar e das brincadeiras na constituição do ser indígena. A pesquisa contou com um processo investigativo caracterizado com a abordagem qualitativa e descritiva, por meio da pesquisa de campo, com enfoque na abordagem fenomenológica. Observou-se que a ludicidade, o brincar e a brincadeira são constituintes da cultura indígena da tekoa Pindoty e seu território, tendo como base sua ancestralidade e cosmovisão. Com a pesquisa de campo e aprofundamento teórico da dissertação, foi possível observar que a comunidade possui uma postura transdisciplinar, analisada neste texto a partir de aspectos transdisciplinares propostos por Basarab Nicolescu. A dinâmica interativa, amparada em matriz fenomenológica e transdisciplinar, proporcionou subsídios para a compreensão desta cultura a partir da ótica lúdica e da utilização do brincar como estratégia de fortalecimento da cultura local, como espaço de educação formal e não formal dessa comunidade apontando um processo formativo de natureza transdisciplinar, ética e decolonial tão necessárias atualmente.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais (copyright)
Não serão pagos direitos autorais aos autores dos textos publicados pela revista. Os direitos autorais são do autor, no entanto, seu acesso é público e de uso gratuito.