Para uma concepção epistemológica da incerteza
DOI:
https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v64i1.62405Parole chiave:
Teoria. Certeza e incerteza. Ciência tradicional e nova ciência. Incerteza e direito.Abstract
O objetivo deste texto é o de apresentar alguns poucos aspectos que impactam a mudança epistemológica em torno do conceito de certeza e incerteza. O enfoque tem como diretriz central a passagem da ciência tradicional para a nova ciência paradigmática. A ideia central consiste em mostrar o fundo epistemológico da transição da certeza para incerteza como determinação principal desse tema em tempos atuais e suas implicações nos campos práticos, em particular no mundo jurídico. O conhecimento tradicional de importantes momentos da filosofia, seja no contexto da ontologia, seja na tradição moderna da teoria do conhecimento é referência inevitável, bem como a caracterização da ciência tradicional e da nova ciência. Assim, os conceitos oriundos de outros campos do saber, em especial da nova física e da nova biologia, a destacar a auto-organização, a instabilidade e a complexidade, foram decisivos para uma nova ideia orientadora de uma concepção epistemológica da incerteza. Por fim, a conclusão foi a de ressaltar não a aplicação da nova teoria epistemológica ao conceito de certeza e incerteza, mas a sua implicação neste tema. Implicação que atinge os diversos saberes, tangenciando inclusive tal implicação o campo jurídico, a partir da ideia de indeterminação epistemológica.
Riferimenti bibliografici
APEL, Karl-Otto. Transformação da Filosofia. Tradução Paulo Astor Soethe. 2 v. São Paulo: Loyola, 2000.
ARISTÓTELES. Metafísica. 2. ed. Tradução Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2012.
BAUMAN, Zygmunt. Medo líquido. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
BAUMAN, Zygmunt. Tempos líquidos. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Tradução Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 1996.
DESCARTE, René. Discurso sobre o método. Tradução Norberto de Paula Lima, Torrieri Guimarães. São Paulo: Folha de São Paulo, 2010.
HABERMAS, Jürgen. Pensamento Pós-metafísico. Tradução Flavio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Tradução Fernando Costa Mattos. Petrópolis: Vozes, 2012.
KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992.
LOSANO, G. Mario. Sistema e estrutura no direito. Tradução Carlos Alberto Dastoli. 3 v. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
LUDWIG, Celso Luiz. Para uma filosofia jurídica da libertação: paradigmas da filosofia, filosofia da libertação e direito alternativo. Florianópolis: Conceito Editorial, 2006.
LUHMANN, Niklas. Legitimação pelo procedimento. Tradução Maria da Conceição Côrte-Real. Brasília: UnB, 1980.
MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. Tradução Humberto Mariotti e Lia Diskin. São Paulo: Palas Athena, 2001.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Tradução Eliane Lisboa. Porto Alegre: Sulina, 2005.
PRIGOGINE, Ilya. O fim das certezas: tempo, caos e as leis da natureza. Tradução Roberto Leal Ferreira. 2. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
REALE, Giovanni. Metafísica/Aristóteles: ensaio introdutório. Tradução Marcelo Perine. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014.
RORTY, Richard. A filosofia e o espelho da natureza. Tradução Antônio Trânsito. 3. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994.
VASCONCELOS, Maria José Esteves de. Pensamento sistêmico – o novo paradigma da ciência. Campinas: Papirus, 2003.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Os autores que publicam na Revista concordam com os seguintes termos:
– os autores mantêm os direitos autorais e transferem à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons — Atribuição 3.0 Brasil — CC BY 3.0 BR, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada na Revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– qualquer pessoa é livre para compartilhar (copiar e redistribuir o trabalho em qualquer suporte ou formato) e para adaptar (remixar, transformar e criar a partir do trabalho) para qualquer fim, mesmo que comercial, devendo todavia, em qualquer caso, dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas no trabalho original, nos termos da Licença Creative Commons — Atribuição 3.0 Brasil — CC BY 3.0 BR e respeitados a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, e outros normativos vigentes.