Regulatory governance: a proposal in the perspective of the Brazilian water and sanitation sector

Authors

  • Natália Resende Andrade Ávila Universidade de Brasília (UnB) Lattes: http://lattes.cnpq.br/9619139680168740
  • Egon Bockmann Moreira Universidade Federal do Paraná (UFPR) Lattes: http://lattes.cnpq.br/5859990024741610
  • Oscar de Moraes Cordeiro Netto Universidade de Brasília (UnB) Lattes: http://lattes.cnpq.br/6062647392392102

DOI:

https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v68i2.87743

Keywords:

Regulation. Governance. Regulatory governance. Brazilian sanitation sector. New sanitation framework.

Abstract

The main goal of this article is to analyze the water and sanitation sector from a regulatory and governance perspective and propose a conception of regulatory governance, considering the concepts and understandings that surround it. Thus, it is intended to bring contributions from the literature review on the water and sanitation sector, regulation, governance and regulatory governance, and also by inciting reflections for the improvement of regulatory governance practices. In this sense, we sought, using the descriptive methodology, to study the regulatory and governance environment of the sanitation sector, from an international perspective and also from the Brazilian scenario. After that, the concepts and understandings about regulation and governance were explored, from traditional definitions to the most modern meanings. Finally, a conception of regulatory governance was proposed. There is a tendency and the need to invest theoretical and practical efforts to improve regulatory governance, which means the understanding of the sector environment, the definitions of regulation, governance and the conception of what would be regulatory governance.

Author Biographies

Natália Resende Andrade Ávila, Universidade de Brasília (UnB) Lattes: http://lattes.cnpq.br/9619139680168740

Procuradora Federal, atualmente é Consultora Jurídica no Ministério da Infraestrutura, Doutoranda no PTARH/UnB, com foco em Regulação de Infraestruturas de Rede, Colaboradora na ENAP e Professora em Parcerias Público-Privadas (IPOG, IDP, FGV e outros). Cursa Master of Laws (LLM) na University of London (academic direction by University College London - UCL and Queen Mary - QMUL). Possui Mestrado em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos pela UnB, Pós Graduação em Direito Constitucional pela UGF e em Direito Tributário pela Estácio, Graduação em Direito pelo UniCEUB, Engenharia Civil pela UnB e Ciências Contábeis pela FIPECAFI. Pesquisa e desenvolve temas sobre arranjos institucionais, aspectos jurídicos, econômicos e de regulação, no âmbito de parcerias e concessões, com estudos de aplicação prática no contexto da infraestrutura nacional e internacional. Atuou como Conselheira Fiscal no Porto de Santos, Assessora Jurídica e Chefe de Gabinete na Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, auxiliando no desenvolvimento, estruturação e articulação de projetos no âmbito das parcerias público-privadas qualificadas no PPI, além do assessoramento e consultoria jurídica da Secretaria. Atuou como Consultora Jurídica Substituta, Coordenadora Geral de Convênios e Assessora na Consultoria Jurídica junto ao Ministério da Integração Nacional, desempenhando atribuições de análise e orientação jurídica de contratos, convênios, termos de execução descentralizada, acordos de cooperação nacionais e internacionais, e instrumentos congêneres, além de consultas diversas sobre atos normativos, auxílio na elaboração de minutas de portarias e decretos, no bojo de processos de obras de infraestrutura hídrica, defesa civil, política de desenvolvimento regional, de ordenamento territorial e de fronteiras, fundos regionais, dentre outros. Atuou, também, no cargo de Analista de Infraestrutura, época em que ocupou os cargos de chefe de gabinete, coordenadora-geral de gestão institucional e coordenadora de integração de obras e gestão, tratando desde o planejamento, negociação e administração de contratos e convênios, gerenciamento de projetos e de obras de porte como o do Projeto de Integração do Rio São Francisco, à coordenação e gestão de pessoas, gestão orçamentária e articulação entre diversos intervenientes federais, estaduais e municipais.

Egon Bockmann Moreira, Universidade Federal do Paraná (UFPR) Lattes: http://lattes.cnpq.br/5859990024741610

Professor da Faculdade e do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFPR. Professor visitante da Faculdade de Direito de Lisboa (2011). Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Direito da USP (2018). Professor e palestrante nos cursos de MBA, LLM e educação continuada na Escola de Direito - FGV Rio. Possui Mestrado (1999) e Doutorado (2004) pela UFPR, Pós-Graduação em Regulação Pública da Economia e Concorrência pelo Centro de Estudos de Direito Público e Regulação - CEDIPRE, da Faculdade de Direito de Coimbra (2002), Educação Executiva no Program on Negotiation da Harvard Law School (2018) e Mediating the Litigated Case na Pepperdine Law School (2018). É editor da Revista de Direito Público da Economia - RDPE e da Revista de Contratos Públicos - RCP. Advogado. Integra a lista de árbitros da Câmara de Arbitragem e Mediação da Federação das Indústrias do Paraná (CAMFIEP), da Câmara de Mediação e Arbitragem do Brasil (CAMEDIARB) e do Conselho Arbitral do Estado de São Paulo (CAESP).

Oscar de Moraes Cordeiro Netto, Universidade de Brasília (UnB) Lattes: http://lattes.cnpq.br/6062647392392102

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade de Brasília (1978), mestrado/DEA em Técnicas e Gestão do Meio Ambiente pela École Nationale des Ponts et Chaussées da França (1989) e doutorado em Ciências e Técnicas Ambientais, também pela École Nationale des Ponts et Chaussées (1995). É professor da Universidade de Brasília, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. Foi diretor da Agência Nacional de Águas no período 2004-2008 e Presidente da ABRH - Associação Brasileira de Recursos Hídricos no biênio 2002-2003. Foi membro do TEC/GWP (Technical Committee of the Global Water Partnership). Em janeiro de 2018, tomou posse para um outro mandato como Diretor da ANA - Agência Nacional de Águas, responsável pela Área de Regulação. Tem experiência nas áreas de Engenharia de Recursos Hídricos e Engenharia Sanitária, com ênfase em Planejamento Integrado dos Recursos Hídricos, atuando, principalmente, nos seguintes temas: saneamento ambiental, gestão de recursos hídricos, planejamento no uso de recursos hídricos, processos de auxílio à decisão e avaliação de políticas públicas.

References

ABELSON, H.; SUSSMAN, G. J. Lisp: a language for stratified design. Massachusetts Institute of Technology Artificial Intelligence Laboratory, [s. l.], p. 207-218, ago. 1987. Disponível em: https://tinyurl.com/3ek3m5se. Acesso em: 1 out. 2022.

ARAGÃO, A. S. de. Agências reguladoras e a evolução do direito administrativo econômico. Rio de Janeiro: Forense, 2002.

BALDWIN, R.; CAVE, M.; LODGE, M. Understanding regulation: theory, strategy and practice. 2. ed. New York: Oxford University Press, 2013.

BENTLEY, J. Programming pearls: little languages. Communications of the ACM, [s. l.], v. 29, n. 8, ago. 1986. Disponível em: https://tinyurl.com/bdur33zf. Acesso em: 1 out. 2022.

BERG, S. V. Best practices in regulating State-owned and municipal water utilities. ECLAC – Project Documents Collection. Santiago: United Nations, 2013. Disponível em: https://tinyurl.com/4xjm794p. Acesso em: 7 ago. 2022.

BLACK, J. Critical reflection on regulation. Australian Journal of Legal Philosophy, Camberra, v. 27, p. 1-36, 2002.

BLACK, J.; BALDWIN, R. Really responsive risk-based regulation. Law & Policy, [s. l.], v. 32, n. 2, p. 181-213, abr. 2010.

BRASIL. Casa Civil da Presidência da República. Guia da política de governança pública. Brasília: Casa Civil da Presidência da República, 2018.

BRASIL. SNIS. Diagnóstico Temático. Serviços de Água e Esgoto. Visão Geral: ano de referência 2020. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Regional, 2021. Disponível em: https://tinyurl.com/4fpre2bz. Acesso em: 11 jun. 2022.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Referencial básico de governança aplicável a órgãos e entidades da administração pública. Versão 2. Brasília: TCU, Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, 2014.

CAPELARI, M. G. M.; CALMON, P. C. D. P.; ARAÚJO, S. M. V. G. de. Vincent e Elinor Ostrom: duas confluentes trajetórias para a governança de recursos de propriedade comum. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. XX, n. 1, p. 207-226, jan./mar. 2017. Disponível em: https://tinyurl.com/42dbuytf. Acesso em: 1 out. 2022.

CARVALHO, B. E. de; MARQUES, R. C.; CORDEIRO NETTO, O. de M. Regulatory Impact Assessment (RIA): from the State of Art until Conceptual and Framework Proposal Model. Journal of Contemporary Management, [s. l.], v. 6, n. 1, p. 111-126, 2017.

COGLIANESE, C.; MENDELSON, E. Meta-Regulation and Self-Regulation. Pennsylvania: Institute for Law & Economics, Penn Law School Public Law and Legal Theory, 2010.

CREW, M. A.; PARKER, D. International Handbook on Economic Regulation. Cheltenham: Edward Elgar Publishing, 2006.

CUÉLLAR, L. As agências reguladoras e seu poder normativo. São Paulo: Dialética, 2001.

EHRHARDT, D.; JANSON, N. Can regulation improve the performance of government-controlled water utilities? Water Policy, [s. l.], v. 12, p. 23-40, 2010.

EISENDRATH, A. Private communication. United States Agency for International Development (USAID), 2012.

EISENDRATH, A. Water Utility Corporatization. United States Agency for International Development (USAID), 2013.

FIANI, R. Teoria da regulação econômica: estado atual e perspectivas futuras. Rio de Janeiro: UFRJ-IE, 1998.

GALLACCI, F. B. Reflexão acerca das disputas jurídicas envolvendo o setor de saneamento brasileiro. Revista de Direito Administrativo Contemporâneo – REDAC, São Paulo, v. 3, n. 21, p. 95-118, nov./dez. 2015.

GÓMEZ-IBÁNEZ, J. Regulating Infrastructure. Monopoly, Contracts, and Discretion. Cambridge: Harvard University Press, 2003.

GRAHAM, J.; AMOS, B.; PLUMPTRE, T. Governance principles for protected areas in the 21th century. Prepared for The Fifth World Parks Congress Durban, South Africa. Ottawa: Institute on Governance (IOG), 2003. Disponível em: https://tinyurl.com/mvjhcktz. Acesso em: 1 out. 2022.

HINKEL, J.; BOTS, P. W. G.; SCHLÜTER, Maja. Enhancing the Ostrom social-ecological system framework through formalization. Ecology and Society: a journal of integrative science for resilience and sustainability, [s. l.], v. 19, n. 3, 2014.

HUDAK, P. Modular domain specific languages and tools. Proceedings of the Fifth International Conference on Software Reuse, IEEE, Bangalore, India, p. 134-142, 1998.

JHA, A. K. Institutions, Performance, and the Financing of Infrastructure Services in the Caribbean. Washington, D.C: World Bank, 2005.

JORDANA, J.; Levi-Faur, D. (ed.). The politics of regulation: institutions and regulatory reforms for the age of governance. Cheltenham: Edward Elgar Publishing, 2004.

JUSTEN FILHO, M. O direito das agências reguladoras independentes. São Paulo: Dialética, 2002.

LODGE, M.; WEGRICH, K. High Quality Regulation: its popularity, its tools and its future. Public Money & Management, [s. l.], v. 29, n. 3, p. 145-152, 2009.

LODGE, M.; WEGRICH, K.; MCELROY, G. Gammelfleisch Everywhere? Public Debate, Variety of Worldviews and Regulatory Change. CARR Discussion Paper NO: 49, Centre for analysis of risk and regulation, London School of Economics and Political Science, 2008.

MARCATO, F. S. Uma nova ordem para o saneamento em regiões metropolitanas. In: 3º Encontro de Saneamento Básico, FIESP, 2013. Disponível em: https://tinyurl.com/4yvp7xva. Acesso em: 19 ago. 2020.

MARQUES NETO, F. P. de A. Agências reguladoras independentes: fundamentos e seu regime jurídico. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2009.

MATTOS, P. et al. Regulação Econômica e Democracia. O Debate Norte-Americano. Núcleo Direito e Democracia/CEBRAP. São Paulo: Editora 34, 2004.

MCGINNIS, M. D.; OSTROM, E. Reflections on Vincent Ostrom, Public Administration, and Polycentricity. Public Administration Review, [s. l.], v. 72, n. 1, p. 15-25, 2011.

MOREIRA, E. B.; CAGGIANO, H. C.; GOMES, G. J. O novo marco legal do saneamento básico (Os pontos mais importantes da Medida Provisória nº 844/2018). Revista de Direito Público da Economia – RDPE, Belo Horizonte, n. 63, p. 89-116, jul./set. 2018.

MORGAN, B.; KAREN, Y. An Introduction to Law and Regulation. New York: Cambridge University Press, 2007.

OLIVEIRA, R. C. R. Análise de impacto regulatório e pragmatismo jurídico: levando as consequências regulatórias a sério. Revista Digital de Direito Administrativo, [s. l.], v. 8, n. 2, p. 136-152, 2021. Disponível em: https://tinyurl.com/28khzsvb. Acesso em: 1 out. 2022.

ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT (OECD). Evaluating laws and regulations: the case of the Chilean chamber of deputies. Paris: OECD Publishing, 2012.

ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT (OECD). Organization For Economic Co-operation and Development. Regulatory Impact Assessment: best practices in OECD countries. Paris: OECD Publishing, 1997.

OSTROM, E. Background on the Institutional Analysis and Development Framework. Policy Studies Journal, Oxford, v. 39, n. 1, p. 7-27, 2011.

OSTROM, E. Understanding Institutional Diversity. Princeton: Princeton University Press, 2005.

RESENDE, N.; COHEN, I.; MARCATO, F. Gestão Associada da Prestação dos Serviços – o que muda com o Novo Marco Legal do Saneamento? In: DAL POZZO, Augusto N. (coord.). O Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2020. p. 187-200.

SELZNICK, P. Focusing Organizational Research on Regulation. In: NOLL, R. (ed.). Regulatory Policy and the Social Sciences. Berkeley: University of California Press, 1985. p. 363-364.

SILVA, D. A. V. S. Monitoramento para avaliação das políticas regulatórias do Inmetro: proposição de uma sistemática em direção à implantação assistida orientada por resultados. 2014. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.

SILVA, D. A. V. S.; FONSECA, M. V. de A. Monitoramento para avaliação do desempenho regulatório do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Revista Adm. Pública, Rio de Janeiro, v. 49, n. 2, p. 447-472, mar./abr. 2015.

SILVA, G. H. T. da. A Análise de Impacto Regulatório na Anvisa: Uma Estratégia de Governança e Melhoria da Qualidade Regulatória. In: PROENÇA, J. D.; PAULO, C. B. de. Experiências Exitosas em Regulação na América Latina e Caribe. Brasília: Presidência da República, 2012. p. 15-51.

TAHLER, R. H; SUNSTEIN, R. C. Nudge. Como tomar melhores decisões sobre saúde, dinheiro e felicidade. Trad. A. Lessa. São Paulo: Objetiva, 2019.

UNITED NATIONS. The Millennium Development Goals Report. New York: United Nations, 2015.

VAGLIASINDI, M. Governance Arrangements for State Owned Enterprises. Policy Research Working Paper 4542, The World Bank Sustainable Development Network, 2008.

WORLD BANK. World Development Report 2017: governance and the law. Washington: The World Bank, 2017. Disponível em: https://tinyurl.com/w9cyhexa. Acesso em: 7 ago. 2022.

Published

2023-08-30

How to Cite

Ávila, N. R. A., Moreira, E. B., & Cordeiro Netto, O. de M. (2023). Regulatory governance: a proposal in the perspective of the Brazilian water and sanitation sector. Revista Da Faculdade De Direito UFPR, 68(2), 107–135. https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v68i2.87743

Issue

Section

Artigos