O liberalismo econômico e as práticas de segurança: o “avesso” das democracias liberais

Autor/innen

  • Ricardo Manoel Oliveira Morais
  • Adriana Campos Silva

DOI:

https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v62i3.53720

Schlagworte:

Liberalismo econômico. Segurança. Liberdade. Democracias liberais.

Abstract

Este artigo tem por objetivo analisar alguns dos paradoxos relacionados ao liberalismo econômico e os discursos de segurança a ele subjacentes que, embora neguem os princípios basilares das democracias modernas, passam a fazer parte delas. Neste exame o principal eixo teórico será o pensamento de Foucault. Primeiramente será apontado que o liberalismo econômico, na análise foucaultiana, tem como premissa uma essência antropológica de ser humano, pois assume como ponto de partida que a liberdade só floresce na ausência de constrangimentos. Na medida em que esta premissa metafísica se impõe às instituições das democracias modernas, alguns desdobramentos se colocam. Surge a noção de que o papel das instituições democráticas é o de proporcionar liberdade. Entretanto, só pode haver liberdade se houver segurança. Assim, impõe-se um paradoxo: as democracias têm como telos a liberdade, mas a liberdade pressupõe medidas de segurança (na guerra ao terror, por exemplo) que negam tanto os preceitos democráticos quanto a própria liberdade.

Autor/innen-Biografien

Ricardo Manoel Oliveira Morais

Doutor em Direito pela UFMG.

Adriana Campos Silva

Doutora em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (2002) e Mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (1990). Professora Decana da Área de Direito Constitucional. Professora da Pós-Graduação e da Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais.

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Veröffentlicht

2017-12-21

Zitationsvorschlag

Morais, R. M. O., & Silva, A. C. (2017). O liberalismo econômico e as práticas de segurança: o “avesso” das democracias liberais. Revista Da Faculdade De Direito UFPR, 62(3), 221–242. https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v62i3.53720

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