Open Journal Systems

Reinterpretando a conservação do saber local no marco legal da biodiversidade

Fernanda Neves Ferreira, Lise Tupiassu, Jean-Raphaël Gros-Désormeaux

Resumo


Desde 2015, o terceiro objetivo da Convenção sobre Diversidade Biológica tem sido regulamentado, no Brasil, pela Lei nº 13.123/2015 e pelo Decreto nº 8.772/2016, que constituem o chamado marco legal da biodiversidade (MLB). Porém, muitas críticas vêm sendo direcionadas ao MLB, especialmente, em relação à valorização do papel do conhecimento tradicional para conservação da diversificação de espécies. Diante da mudança de perspectiva ofertada pela resiliência do saber local, este trabalho investiga as consequências, para a estratégia brasileira de acesso e repartição de benefícios da biodiversidade (ARB) prevista no MLB, em prol da valorização e conservação do conhecimento tradicional. Partindo do método dedutivo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e documental sobre a componente teórica de suporte e o funcionamento do ARB. Constatou-se que, pela perspectiva da resiliência, a qual favorece uma visão positiva da interação entre sistemas de conhecimento, valoriza-se a natureza dinâmica do conhecimento tradicional, sendo este entendido como um processo que engloba uma mistura complexa de replicação, perda, adição e transformação. A contribuição desta reinterpretação para o ARB é valorizar a hibridação com novos conhecimentos e habilidades vindos de fontes externas. Contudo, essa hibridação pode também conduzir à perda da autenticidade e da característica única e contextual do saber local, além de gerar aumento de inequidade, caso o compartilhamento dos benefícios dessa integração não seja equitativo – aspectos que tocam mais diretamente o ARB quando a descoberta de certa utilidade de um recurso genético é possibilitada pelo acesso ao conhecimento tradicional.

Palavras-chave


Conhecimento tradicional. Informação. Patrimônio genético. Acesso e repartição de benefícios.

Texto completo:

PDF

Referências


AMARANTE SEGUNDO, Gesil S. et al. The Legal Framework of Biodiversity and its application in regularization of activities with the use of Brazilian genetic heritage. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v. 15, n. 32, p. 297-325, maio/agosto 2018. Disponível em: http://tinyurl.com/36k49d9f. Acesso em: 13 jun. 2023.

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES) (Brasil). Pedido de informação n. 52021000228202279. 2022.

BARBIERI, Isabele B.; ALBUQUERQUE, Leticia. Do déficit de participação dos povos e comunidades tradicionais no CGEN e no FNRB. In: MOREIRA, Eliane C. P.; PORRO, Noemi M.; SILVA, Liana A. L. da (org.). A “nova” Lei n.º 13.123/2015 no velho Marco Legal da Biodiversidade: entre retrocessos e violações de direitos socioambientais. São Paulo: Inst. O direito por um Planeta Verde, 2017. p. 219-230.

BARLOW, Jos et al. The future of hyperdiverse tropical ecosystems. Nature, [s. l.], v. 559, p. 517-526, 2018. Disponível em: http://tinyurl.com/28zmrh66. Acesso em: 13 jun. 2023.

BARNES, Richard A. The capacity of property rights to accommodate social-ecological resilience. Ecology and Society, [s. l.], v. 18, n. 1, 2013. Disponível em: http://tinyurl.com/43s4re4x. Acesso em: 13 jun. 2023.

BELAS, Carla A. Inobservância da obrigação do estado de proteger o patrimônio cultural. In: MOREIRA, Eliane C. P.; PORRO, Noemi M.; SILVA, Liana A. L. da (org.). A “nova” Lei n.º 13.123/2015 no velho Marco Legal da Biodiversidade: entre retrocessos e violações de direitos socioambientais. São Paulo: Inst. O direito por um Planeta Verde, 2017. p. 208-218.

BERGER FILHO, Aírton G.; SILVEIRA, Clóvis E. M. da. Patrimônio genético ou recursos genéticos? Tratamento conceitual face às normas de acesso e repartição de benefícios. Revista Direito Ambiental e Sociedade, [s. l.], v. 10, n. 1, p. 265-291, jan./abr. 2020. Disponível em: http://tinyurl.com/p7bzbp54. Acesso em: 13 jun. 2023.

BERKES, Fikret; COLDING, Johan; FOLKE, Carl. Rediscovery of Traditional Ecological Knowledge as Adaptive Management. Ecological Applications, [s. l.], v. 10, n. 5, p. 1.251-1.262, 2000. Disponível em: http://tinyurl.com/3r6y7bpp. Acesso em: 13 jun. 2023.

BERKES, Fikret; FOLKE, Carl; GADGIL, Madhav. Traditional ecological knowledge, biodiversity, resilience and sustainability. In: PERRINGS, C. A. et al. (org.). Biodiversity conservation: problems and policies. Dordrecht: Springer Science+Business Media, 1994. p. 269-287. Disponível em: http://tinyurl.com/3ye53946. Acesso em: 13 jun. 2023.

BRANDÃO, Juliana M.; MAHFOUD, Miguel; GIANORDOLI-NASCIMENTO, Ingrid F. A construção do conceito de resiliência em psicologia: discutindo as origens. Paiédia, [s. l.], v. 21, n. 49, p. 263-271, maio-ago. 2011. Disponível em: http://tinyurl.com/4kb8ftyx. Acesso em: 13 jun. 2023.

BRASIL. Decreto nº 8.772, de 11 de maio de 2016. Regulamenta a Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015, que dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade. Brasília: Diário Oficial da União, 12 maio 2016. Disponível em: http://tinyurl.com/3uh5auxr. Acesso em: 13 jun. 2023.

BRASIL. Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015. Regulamenta o inciso II do § 1º e o § 4º do art. 225 da Constituição Federal, o Artigo 1, a alínea j do Artigo 8, a alínea c do Artigo 10, o Artigo 15 e os §§ 3º e 4º do Artigo 16 da Convenção sobre Diversidade Biológica, promulgada pelo Decreto nº 2.519, de 16 de março de 1998; dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade; revoga a Medida Provisória nº 2.186-16, de 23 de agosto de 2001; e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União, 14 maio 2015. Disponível em: http://tinyurl.com/mr2xah3a. Acesso em: 13 jun. 2023.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Versão preliminar para discussão do Manual de Operações do Fundo Nacional para a Repartição de Benefícios (FNRB). Brasília: MMA, 2019.

BURELLI, Thomas. La France et la mise en œuvre du protocole de Nagoya. VertigO, [s. l.], v. 14, n. 2, set. 2014. Disponível em: http://tinyurl.com/yt7ftwys. Acesso em: 13 jun. 2023.

CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (CBD) [= Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB)]. CBD/COP/DEC/14/13. Decision adopted by the Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity. Sharm El-Sheikh, Egypt, 17-29 November 2018a. Disponível em: http://tinyurl.com/ehvhxzvs. Acesso em: 13 jun. 2023.

CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (CBD) [= Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB)]. CBD/COP/14/INF/24. Key findings from the four IPBES Regional Assessments of biodiversity and ecosystem services. Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity, Sharm El-Sheikh, Egypt, 17-29 November 2018b. Disponível em: http://tinyurl.com/kbh43cjw. Acesso em: 12 jan. 2020.

CUNHA, Manuela C. da. Populações tradicionais e a Convenção da Diversidade Biológica. Estudos Avançados, [s. l.], v. 13, n. 36, p. 147-163, 1999.

CUNHA, Manuela C. da. Questões suscitadas pelo conhecimento tradicional. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 55, n. 1, p. 439-464, 2012.

DAVID, Paul A.; FORAY, Dominique. Une introduction à l’économie et à la société du savoir. Revue internationale des sciences sociales, [s. l.], v. 171, n. 1, p. 13-28, 2002. Disponível em: http://tinyurl.com/bdd9zwbp. Acesso em: 13 jun. 2023.

DIAS, Luciana L. C. C. Repartição de benefícios: qualquer coisa é melhor do que nada. Revista da AGU, Brasília, v. 17, n. 1, p. 237-260, jan./mar. 2018. Disponível em: http://tinyurl.com/yc35us69. Acesso em: 13 jun. 2023.

DOURADO, Sheilla B. A Lei n.º 13.123/2015 e suas incompatibilidades com normas internacionais. In: MOREIRA, Eliane C. P.; PORRO, Noemi M.; SILVA, Liana A. L. da (org.). A “nova” Lei n.º 13.123/2015 no velho Marco Legal da Biodiversidade: entre retrocessos e violações de direitos socioambientais. São Paulo: Inst. O direito por um Planeta Verde, 2017. p. 74-93.

FARLEY, Joshua; VOINOV, Alexey. Economics, socio-ecological resilience and ecosystem services. Journal of Environmental Management, [s. l.], v. 183, part 2, p. 389-398, 2016. Disponível em: http://tinyurl.com/yeyttcc7. Acesso em: 13 jun. 2023.

FENWICK, Simon. Bioprospecting or biopiracy? DDT, [s. l.], v. 3, n. 9, p. 399-402, 1998. Disponível em: http://tinyurl.com/mrx9x7pa. Acesso em: 13 jun. 2023.

FINETTI, Claudia. Traditional knowledge and the patent system: Two worlds apart? World Patent Information, [s. l.], v. 33, n. 1, p. 58-66, March 2011. Disponível em: http://tinyurl.com/2s3eckpd. Acesso em: 13 jun. 2023.

FOLKE, C. et al. Resilience thinking: integrating resilience, adaptability and transformability. Ecology and Society, [s. l.], v. 15, n. 4, 2010. Disponível em: http://tinyurl.com/mwcu3vtt. Acesso em: 13 jun. 2023.

FREITAS, Simone T. et al. Conhecimento tradicional das marisqueiras de Barra Grande, Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba, Piauí, Brasil. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. XV, n. 2, p. 91-112, 2012.

GADGIL, Madhav et al. Exploring the role of local ecological knowledge in ecosystem management: three case studies. In: BERKES, F.; COLDING, J.; FOLKE, C. (ed.). Navigating Social-Ecological Systems: Building Resilience for Complexity and Change. Cambridge: Cambridge University Press, 2003. p. 189-209.

GARMESTANI, Ahjond S.; ALLEN, Craig R. (ed.). Social-Ecological Resilience and Law. New York: Columbia University Press, 2013.

GOMES, Magno F.; VASCONCELOS, Carlos F. S. de. Das atribuições administrativas na gestão e supervisão do patrimônio genético brasileiro. Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM, [s. l.], v. 11, n. 1, p. 348-364, 2016. Disponível em: http://tinyurl.com/2suh3k74. Acesso em: 13 jun. 2023.

GOMES, Paulo W. P. et al. Ritualistic and Medicinal Plants from Marajó-PA Island. In: RAI, Mahendra; BHATTARAI, Shandesh; FEITOSA, Chistiane M. (ed.). Ethnopharmacology of Wild Plants. Boca Raton: CRC Press, 2021. p. 301-316.

GÓMEZ-BAGGETHUN, Erik et al. Traditional ecological knowledge and community resilience to environmental extremes: A case study in Doñana, SW Spain. Global Environmental Change, [s. l.], v. 22, n. 3, p. 640-650, August 2012. Disponível em: http://tinyurl.com/2xkamwyr. Acesso em: 13 jun. 2023.

GÓMEZ-BAGGETHUN, Erik; CORBERA, Esteve; REYES-GARCÍA, Victoria. Traditional ecological knowledge and global environmental change: Research findings and policy implications. Ecology and Society, [s. l.], v. 18, n. 4, 2013. Disponível em: http://tinyurl.com/3hfuwjjh. Acesso em: 13 jun. 2023.

GÓMEZ-BAGGETHUN, Erik; REYES-GARCÍA, Victoria. Reinterpreting Change in Traditional Ecological Knowledge. Human Ecology, [s. l.], v. 41, n. 4, p. 643-647, 2013. Disponível em: http://tinyurl.com/yfmdywv4. Acesso em: 13 jun. 2023.

GROS-DÉSORMEAUX, Jean-Raphaël. Faire savoir et savoir-faire la biodiversité: Production, appropriation et régulation des savoirs pour une pratique interdisciplinaire. Etudes de l’environnement. [S. l.]: Université des Antilles, 2021. Disponível em: http://tinyurl.com/3ntma7yu. Acesso em: 13 jun. 2023.

GROS-DÉSORMEAUX, Jean-Raphaël. La biodiversité dans des territoires insulaires, approche théorique et perspectives de développement. Développement durable et territoires, [s. l.], v. 3, n. 1, maio 2012. Disponível em: http://tinyurl.com/mr3m3rkj. Acesso em: 13 jun. 2023.

HARDIN, Garrett. The Tragedy of the Commons. Science, [s. l.], v. 162, p. 1.243-1.248, 13 December 1968.

HOLLING, C. S. Resilience and stability of ecological systems. Annual Review of Ecology and Systematics, [s. l.], v. 4, p. 1-23, 1973.

IONESCU, Serban. Résiliences: Ressemblances dans la diversité. Paris: Odile Jacob, 2016.

JOA, Bettina; WINKEL, Georg; PRIMMER, Eeva. The unknown known – A review of local ecological knowledge in relation to forest biodiversity conservation. Land Use Policy, [s. l.], v. 79, p. 520-530, December 2018. Disponível em: http://tinyurl.com/mw4eyhm9. Acesso em: 13 jun. 2023.

KANDAL, Hanaa A. et al. Traditional knowledge and community resilience in Wadi Allaqi, Egypt. Journal of Arid Environments, [s. l.], v. 171, December 2019. Disponível em: http://tinyurl.com/2veky77s. Acesso em: 13 jun. 2023.

KOHLER, Florent. Diversité culturelle et diversité biologique : une approche critique fondée sur l’exemple brésilien. Natures Sciences Sociétés, [s. l.], v. 19, p. 113-124, 2011.

MARCHESAN, Ana M. M. Resiliência e sustentabilidade na Era do Antropoceno. In: Congresso Brasileiro de Direito Ambiental, 22º, 2017, São Paulo. Anais […]. São Paulo: Instituto O Direito por um Planeta Verde, 2017. p. 22-42. Disponível em: http://tinyurl.com/yeywnbuk. Acesso em: 13 jun. 2023.

MARTIN, Jay F. et al. Traditional Ecological Knowledge (TEK): Ideas, inspiration, and designs for ecological engineering. Ecological Engineering, [s. l.], v. 36, n. 7, p. 839-849, July 2010. Disponível em: http://tinyurl.com/yc3ywyu6. Acesso em: 13 jun. 2023.

MARTINS, Anderson G. et al. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais, alimentares e tóxicas da Ilha do Combu, Município de Belém, Estado do Pará, Brasil. Revista Brasileira de Farmácia, [s. l.], v. 86, n. 1, p. 21-30, 2005.

MARTINS, Tiago; ALMEIDA, Nathália T. de S. Violação ao direito à repartição justa e equitativa de benefícios. In: MOREIRA, Eliane C. P.; PORRO, Noemi M.; SILVA, Liana A. L. da (org.). A “nova” Lei n.º 13.123/2015 no velho Marco Legal da Biodiversidade: entre retrocessos e violações de direitos socioambientais. São Paulo: Inst. O direito por um Planeta Verde, 2017. p. 137-145.

MCGRAW, Désirée M. The CBD – Key Characteristics and Implications for Implementation. Review of European Community and International Environmental Law, [s. l.], v. 11, n. 1, p. 17-28, 2002. Disponível em: http://tinyurl.com/mvrmzapr. Acesso em: 13 jun. 2023.

MENDES, Dany R. F.; OLIVEIRA, Michel A. C. de; PINHEIRO, Adalberto A. Conhecimento tradicional associado, expressões culturais e recursos genéticos: uma análise de impacto da regulação de direitos. Revista Direito e Desenvolvimento, João Pessoa, v. 6, n. 11, p. 33-49, jan./jun. 2015.

MENUCHI, Luciana N. S.; AMARANTE SEGUNDO, G. S.; ARAUJO, J. C. de. O novo marco legal para acesso ao patrimônio genético e proteção do conhecimento tradicional associado. Revista Gestão Inovação e Tecnologias, [s. l.], v. 6, n. 1, p. 2.954-2.965, 2016.

MICHIELS, Frank et al. Facing the Harsh Reality of Access and Benefit Sharing (ABS) Legislation: An Industry Perspective. Sustainability, [s. l.], v. 14, n. 1, 2022. Disponível em: http://tinyurl.com/576wx4u2. Acesso em: 13 jun. 2023.

MIRANDA, João P. R. de. As inconvencionalidades do marco legal da biodiversidade frente ao instituto da consulta prévia, livre e informada: um processo de colonialismo biocultural. 2017a. 192 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017a. Disponível em: http://tinyurl.com/5x7s3zv8. Acesso em: 13 jun. 2023.

MIRANDA, João P. R. de. Estabelecimento de isenções para pesquisas. In: MOREIRA, Eliane C. P.; PORRO, Noemi M.; SILVA, Liana A. L. da (org.). A “nova” Lei n.º 13.123/2015 no velho Marco Legal da Biodiversidade: entre retrocessos e violações de direitos socioambientais. São Paulo: Inst. O direito por um Planeta Verde, 2017b. p. 152-159.

MOREIRA, Eliane C. P. Visão geral da Lei n.º 13.123/15. In: MOREIRA, Eliane C. P.; PORRO, Noemi M.; SILVA, Liana A. L. da (org.). A “nova” Lei n.º 13.123/2015 no velho Marco Legal da Biodiversidade: entre retrocessos e violações de direitos socioambientais. São Paulo: Inst. O direito por um Planeta Verde, 2017. p. 66-73.

MOREIRA, Eliane C. P.; CONDE, Leandro B. A Lei N. 13.123/2015 e o retrocesso na proteção dos conhecimentos tradicionais. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v. 14, n. 29, p. 175-205, maio/ago. 2017. Disponível em: http://tinyurl.com/5dh62djz. Acesso em: 13 jun. 2023.

MOREIRA, Eliane C. P.; PORRO, Noemi M.; SILVA, Liana A. L. da (org.). A “nova” Lei n.º 13.123/2015 no velho Marco Legal da Biodiversidade: entre retrocessos e violações de direitos socioambientais. São Paulo: Inst. O direito por um Planeta Verde, 2017.

ODONNE, Guillaume; DAVY, Damien. De la notion de « connaissances traditionnelles associées » à celle de « patrimoine bioculturel ». In: AUBERTIN, Catherine; NIVART, Anne (dir.). La nature en partage. Autour du protocole de Nagoya. Marseille: IRD Éditions, 2021. p. 219-240.

OLIVEIRA, Jesus V. de. A proibição de retrocesso e a isenção de repartição de benefícios ao ramo empresarial para fins de acesso a conhecimento tradicional. 2016. 119 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade Federal do Pará, Belém, 2016.

PARÁ. Plano Estadual de Bioeconomia do Pará (PlanBio Pará). Belém: Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), 2022.

PRODANOV, Cleber C.; FREITAS, Ernani C. de. Metodologia do Trabalho Científico. Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Universidade Feevale, 2013.

REYES-GARCÍA, Victoria et al. Resilience of traditional knowledge systems: The case of agricultural knowledge in home gardens of the Iberian Peninsula. Global Environmental Change, [s. l.], v. 24, p. 223-231, 2014. Disponível em: http://tinyurl.com/3tap6xca. Acesso em: 13 jun. 2023.

SISTEMA NACIONAL DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO GENÉTICO E DO CONHECIMENTO TRADICIONAL ASSOCIADO (SISGEN) (Brasil). Pesquisa de cadastros. [S. l.]: [SisGen], 2021. Disponível em: http://tinyurl.com/4u7ekfnd. Acesso em: 18 jan. 2021.

SPASH, Clive L. Social Ecological Economics: Understanding the Past to See the Future. The American Journal of Economics and Sociology, [s. l.], v. 70, n. 2, p. 340-375, 2011. Disponível em: http://tinyurl.com/49y3945h. Acesso em: 13 jun. 2023.

UNITED NATIONS (UN). Convention on Biological Diversity. Rio de Janeiro: United Nations, 1992.

VASCONCELOS, Rosa M. de et al. Conhecendo a Lei nº 13.123, de 2015, e o Decreto nº 8.772, de 2016, que regulam o acesso ao patrimônio genético e ao conhecimento tradicional associado e a exploração econômica de produto ou material reprodutivo desenvolvido a partir do acesso. In: VASCONCELOS, Rosa M. de (ed.). Marcos regulatórios aplicáveis às atividades de pesquisa e desenvolvimento. Brasília: Embrapa, 2016. p. 11-76.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rfdufpr.v69i1.89309