PEDAGÓGICA: DIÁLOGO DA LIBERTAÇÃO LATINO-AMERICANA A PARTIR DE ENRIQUE DUSSEL E PAULO FREIRE
DOI:
https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v43i0.7046Palavras-chave:
Filosofia da libertação, Pedagogia do oprimido, Libertação latino-americana, Paulo FreireResumo
O presente trabalho visa promover uma análise dialógica entre os pensamentos do filósofo da libertação Enrique Dussel e do pedagogo brasileiro Paulo Freire. O escopo último é dar justamente uma panorâmica do que seria a libertação latino-americana nos termos prévios de uma pedagógica, a qual é momento ético da libertação do referido continente na perspectiva de Dussel. Exatamente por ser a pedagógica a convergência da erótica com a política é que a mesma se apresenta como referencial para se pensar, de início, um novo período da filosofia da libertação latino-americana, qual seja, o da práxis efetiva a partir do sistema pedagógico. De Dussel podemos inferir as concepções de totalidade, exterioridade, libertação e alienação, além de seu método próprio, a analética, que, superando a dialética, tem-na como parte de si; eis a ana-dia-lética. Sem esquecer, ainda, a ética da libertação, baseada na materialidade humana, a partir da alteridade, característica de dita filosofia. De Paulo Freire resgatamos a idéia da pedagogia do oprimido, conforme as categorias de educação bancária e problematizadora, além da dialogicidade e da conscientização. Com referido marco teórico, procuramos a saída para o sistema de opressão, sob o ponto de vista filosófico. Por fim, adentramos no campo da idéia do encobrimento da América Latina e tentamos propor um novo lugar metodológico na diacronia e diatopia transmoderna, finalizando com uma abordagem do direito como sistema pedagógico exemplar da prática dominadora.
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