VULNERABILIDADE ÀS IST/AIDS ENTRE ATIRADORES NO SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO: UMA APRECIAÇÃO SOCIO COMPORTAMENTAL
DOI:
https://doi.org/10.5380/ce.v10i1.4664Palavras-chave:
Aids, Gênero, Vulnerabilidade,Resumo
Atualmente, estimativas da Organização das Nações Unidas para Prevenção e Controle da Aids (UNAids), apontam para a existência de mais de 40 milhões de soropositivos no mundo. Sendo a adolescência uma fase que se caracteriza pela expressão mais efetiva da sexualidade e dos impulsos sexuais em função da maturidade sexual, estes vêm constituindo-se grupo prioritário nas ações de prevenção. Nesse contexto, a Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS (CN-DST/AIDS) e o Ministério do Exército do Brasil, firmaram em 1996, um convênio visando ações na área de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/aids junto às Forças Armadas. O presente estudo objetivou investigar e compreender aspectos relacionados à vulnerabilidade às IST/aids entre atiradores do serviço militar obrigatório, bem como caracterizar a população nos aspectos pertinentes às condições socioeconômicas, práticas sexuais, ocorrência de IST e prevenção às IST/aids, com vistas a uma apreciação sociocomportamental. Para tanto o presente estudo constitui-se do tipo survey, o qual permite a obtenção de informações quanto à prevalência, distribuição e inter-relação de variáveis no âmbito de uma população. Dentre os resultados, destacam-se: 36,5% com idade de 18 anos; 64,7% com segundo grau de escolaridade completo; 23,5% pertencem aos estratos sociais C e D; 88,2% referem já ter vivenciada a primeira relação sexual; 53,3% não fizeram uso do preservativo na última vez que praticaram coito oral; 28% não utilizaram preservativo na última vez que praticaram coito vaginal ou anal; 3,5% já apresentaram corrimento, feridas, verrugas ou bolhas em seus órgãos genitais; 56,5% desejam receber orientações sobre IST/aids de profissionais de saúde; 54,1% consideram o fato de manter relações sexuais com quem confiam uma barreira no uso do preservativo; 71,8% percebem como sendo nula ou baixa a vulnerabilidade pessoal ao HIV.Os dados sociocomportamentais apresentados demonstram a vulnerabilidade às IST/aids entre os atiradores estudados, assim evidenciando a necessidade de ações de educação em saúde junto aos mesmos.
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