An Anthropological Perspective on Angolan Middle Classes or What We Fail to Overcome from Colonialism

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5380/cra.v24i1.86409

Keywords:

social class, race, body, post-colonialism, capitalism

Abstract

Drawing on Auerbach's sensory experience as presented throughout her work, this essay
aims to interpret the realities faced by her interlocutors as phenomena inherited from the colonial violence that occurred in Angola. The essay is divided into three sections. The first part seeks to understand how becoming a middle class in Angola reproduces, to some extent, the continuation of the civilizing process in the post-colonial world, particularly by considering the techniques of bodily socialization. The subsequent section explores the experience of living in the ruins of colonialism and wild capitalism, a term dear to the author. Finally, the essay delves into the need for a profound and self-reflexive examination of our bodies in the field.

Author Biography

Vinícius Venancio, Universidade de Brasília

doutor em Antropologia Social pela Universidade de Brasília
e realiza estágio pós-doutoral no Max Planck Institute for Social Anthropology.

References

Abrantes, C. S. (2022). Os futuros portugueses: um estudo antropológico sobre a formação de especialistas coloniais para Angola (1950- 1960). 1. ed. Rio de Janeiro: Editorial Mórula. 328p.

Auerbach, J. (2021). Da água ao vinho: tornando-se classe média em Angola. São Carlos: Áporo Editorial; Brasília: ABA Publicações. https://doi.org/10.48006/9786500218749

Burke, T. (1996). Lifebuoy Men, Lux Women: commodification, consumption, and cleanliness in modern Zimbabwe. Duke University Press.

Butler, J. (2003). O parentesco é sempre tido como heterossexual? Cadernos Pagu, 21, 219-260. https://doi.org/10.1590/S0104-83332003000200010

Cabral, A. (2011). Libertação Nacional e Cultura. In M. R. Sanches (org.). Malhas que os impérios tecem. Textos anticoloniais, contextos pós-coloniais (pp. 355-375). Lisboa: Editora 70.

Carsten, J. (2014). A matéria do parentesco. Revista de Antropologia da UFSCar, 6(2), 103-118.

Collins, P. H. (2019). Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo Editorial.

Elias, N. (1994 [1939]). O processo civilizador. vol. 1. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

Fanon, F. (2005). Sobre a Violência no Contexto Internacional. In Os condenados da Terra. Juiz de Fora: Ed. UFJF.

Fanon, F. (2008). Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Edufba.

Gondola, C. D. (1999). Dream and drama: the search for elegance among Congolese youth. African Studies Review, 42(1), 23-48.

Honwana, A. (2013). O tempo da juventude: emprego, política e mudanças sociais em África. Maputo: Kapicua Livros e Multimídia Lda.

Mbembe, A. (2001). On the postcolony. Berkeley: University of California Press.

Mbembe, A. (2013). África Insubmissa: Cristianismo, poder e Estado na sociedade pós-colonial. Edições Pedago.

Mbembe, A. (2021). Políticas da Inimizade. São Paulo: N-1 Edições.

McClintock, A. (2010). Couro imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial. Campinas: Editora da Unicamp.

Morais, S. (2018). Cooperação Educacional Brasil-Moçambique: considerações sobre discursos de modernidade e distinção social. Cadernos de Estudos Africanos, 36, 87-111.

Nordstrom, C. (2007). Global outlaws. Crime, Money and Power in the contemporary world. London: University of California Press.

Pereira, L. N. N. (2020). Alteridade e raça entre África e Brasil: branquidade e descentramentos nas ciências sociais brasileiras. Revista de Antropologia, 63(2), e170727. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2020.170727

Rathbone, K. (2013). Dressing the colonial body: Senegalese rifleman in uniform. In K. T Hansen, & D. S. Madison. (eds.). African Dress: Fashion, Agency, Performance (pp. 111-123). London: Bloomsbury.

Rocha, E. V., & Anjos, J. C. G. dos. (2022). Traços de antinegitude em Cabo

Verde. Sociologias, 23(59), 108–136. https://doi.org/10.1590/15174522-120600

Rodrigues Jr., G. J. (2021). Quando “outros” corpos e “outras” epistemologias adentram espaços da modernidade: Apontamentos a partir de uma pesquisa entre Brasil e Senegal. Novos Debates, 7(1). https://doi.org/10.48006/2358-0097-7105

Trajano Filho, W. (2008). O precário equilíbrio entre improvisação e regras: reflexões sobre a cultura política da Guiné-Bissau. Revista de Antropologia, 51(1), 233-266. https://doi.org/10.1590/S0034-77012008000100009

Tsing, A. (2018). Paisagens arruinadas (e a delicada arte de coletar cogumelos). Cadernos do Lepaarq, XV(30), 366-382.

Published

2024-10-07

How to Cite

Venancio, V. (2024). An Anthropological Perspective on Angolan Middle Classes or What We Fail to Overcome from Colonialism. Campos - Revista De Antropologia, 24(1-2), 292–304. https://doi.org/10.5380/cra.v24i1.86409

Issue

Section

Ensaios Bibliográficos