Humanidade e animalidade nas artes marciais chinesas
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v23i1.81712Palavras-chave:
Artes marciais chinesas, relações multiespecíficas, animalidade, técnicas do corpo, cosmotécnica.Resumo
O que é aprender com os animais nas artes marciais chinesas? Qual o status da relação humanidade/animalidade nos cosmos chinês? Para responder estas questões, divido este ensaio em três partes. Primeiro, especifico o problema de investigação a partir de situações como aprendiz de kung fu Garra de Águia e de notas de minha etnografia da performance do Chen taijiquan. Segundo, abordo o problema da humanidade/animalidade na perspectiva de Tim Ingold para investigar como (e se) opera tal distinção na cosmologia correlativa chinesa, como apresentada por Anne Cheng. Terceiro, para elucidar o caráter da animalidade no aprendizado de arte marcial, conecto o debate de Ingold com a questão dos modos de conhecimento e da cosmotécnica na filosofia de Yuk Hui. Em conclusão, argumento que os padrões animais na arte marcial chinesa não são imitativos, mas sim emulativos dos mesmos princípios que operam o cosmos chinês, numa via de integração.
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