Gente alta é parente do tuiuiú, baixa é da anta: alteridades antropomórficas
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v17i1.47490Palabras clave:
Panará, corpo, animalidade, alteridade, mulherResumen
São partilhadas neste artigo refl exões sobre as qualidades destacadas pelos Panará quando reconhecem o estatuto de sujeito do jaburu e da anta. A partir de narrativas da origem da mulher e das práticas sociais a elas conectadas, é explicitado que a condição de humanidade é incompleta para iden- tifi car tais subjetividades e que a relação ancestral do homem com elas desdobrou-se em transforma- ções nas maneiras de viver, bem como na forma corporal humana. Tornar inteligível a afi rmativa de que gente alta descende de jaburu e baixa de anta entremeia o texto, contornando um antropomorfi smo heterogêneo. Um corpo tornar-se muitos é outro aspecto explorado na simbolização do jaburu, da anta e da mulher, esta signifi cada como surgida da transformação daquelas espécies. A alteridade antropo- mórfi ca no humano, evocando a presença destes ancestrais, explicita a coexistência da animalidade na espécie humana.
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