Ernesto De Martino: a “vocação” antropológica de um historiador das religiões
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v24i1.86773Palavras-chave:
Ernesto De Martino, comparação histórico-religiosa, história das religiões, historicismo, antropologia das religiõesResumo
Para a elaboração do conceito de crise da presença, De Martino precisa submeter o paradigma cristão do pecado original e da finitude da história humana à comparação sistemática e diferencial. Tal operação lhe permite, de um ponto de vista filosófico, tornar compatíveis o existencialismo e o historicismo e, de um ponto de vista histórico, considerar as várias formas religiosas de salvação a partir da imanência do transcendimento cultural por meio de valores. Assim, a consciência da crise e do resgate inaugura uma via para indagações antropológicas sobre os possíveis fins das culturas e sobre a entropia implícita do pensamento.
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