ANÁLISE ISOTÓPICA DO CARBONO E LEGALIDADE DE POLPAS, SUCOS TROPICAIS E NÉCTARES COMERCIAIS DE GOIABA

Autores

  • ANDRESSA MILENE PARENTE NOGUEIRA Universidade Estadual Paulista
  • RICARDO FIGUEIRA Universidade Estadual Paulista
  • CARLOS DUCATTI Universidade Estadual Paulista
  • WALDEMAR GASTONI VENTURINI FILHO Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.5380/bceppa.v34i2.59323

Palavras-chave:

PSIDIUM GUAJAVA, BEBIDA, ISÓTOPO, ADULTERAÇÃO, CARBONO-13, IRMS

Resumo

O objetivo deste trabalho foi quantificar o carbono do ciclo fotossintético C3 em polpas, sucos tropicais e néctares de goiaba comerciais por meio da técnica dos isótopos estáveis do carbono para identificar as bebidas em desacordo com a legislação brasileira. As análises isotópicas foram realizadas nos seguintes materiais: açúcares de cana, aditivos, bebidas fabricadas em laboratório e bebidas comerciais. Após o preparo, as amostras foram acondicionadas em cápsulas de estanho e inseridas no analisador elementar (EA 1108 - CHN - Fisons Elemental Analyzer) para determinar o enriquecimento isotópico relativo no Espectrômetro de Massa de Razões Isotópicas (IRMS) (Delta S Finnigan Mat). Para estimar o erro do método isotópico foram produzidos em laboratório sucos tropicais adoçados e néctares de acordo com os respectivos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) e também bebidas adulteradas com quantidade de polpa abaixo do estabelecido pela legislação brasileira. Nessas bebidas, foi calculada a porcentagem teórica e determinada no IRMS a porcentagem prática de fonte C3. A diferença entre essas quantificações representou o erro do método. Para determinar a legalidade das bebidas comerciais foi calculado o Limite de Legalidade (LL) tendo como referência o PIQ de cada bebida. O LL forneceu a concentração mínima de fonte C3 que uma bebida deve apresentar para ser considerada legal, perante a legislação brasileira. Dezoito marcas de bebidas não alcoólicas de goiaba foram analisadas. Quatro marcas foram classificadas como adulteradas. A técnica que utiliza os isótopos estáveis do carbono para verificar adulterações em bebidas permitiu identificar com segurança os produtos fraudados. O limite de legalidade foi uma importante inovação metodológica que possibilitou identificar as bebidas adulteradas.

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Publicado

2017-05-06

Como Citar

NOGUEIRA, A. M. P., FIGUEIRA, R., DUCATTI, C., & FILHO, W. G. V. (2017). ANÁLISE ISOTÓPICA DO CARBONO E LEGALIDADE DE POLPAS, SUCOS TROPICAIS E NÉCTARES COMERCIAIS DE GOIABA. Boletim Do Centro De Pesquisa De Processamento De Alimentos, 34(2). https://doi.org/10.5380/bceppa.v34i2.59323

Edição

Seção

Artigos