Apresentação dossiê: as diversas facetas da cultura física: histórias de um processo de educação do corpo
DOI:
https://doi.org/10.5380/jlasss.v14i2.87574Keywords:
História do Corpo, Cultura Física, Educação do CorpoAbstract
Não é de hoje que podemos perceber a consolidação da história da educação física como um campo de investigação dentro da própria educação física e, mais amplamente, relacionado às temáticas da educação. Pesquisas que, acanhadamente, se resumiam no estabelecimento de datas e fatos deram lugar a investigações que buscaram, ao longo dos últimos anos, identificar continuidades e rupturas nos discursos a respeito desse campo. Assim, ao considerar que a cultura física e a educação do corpo são processos educativos que abrangem e ultrapassam os limites da educação física escolar, esse dossiê tem como objetivo adensar e colaborar com um debate que considera os divertimentos, as danças, ginásticas, esportes, lutas, e outras expressões do corpo como elementos colocados em marcha para difundir determinado aspecto educativo.References
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. (1985). A dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
ANDRIEU, B. (2004). A nova filosofia do corpo. Lisboa: Instituto Piaget.
CLEVER, I.; RUBERG, W. (2014). Beyond cultural history? The material turn, praxiography, and body history. Humanities, v;3, p.546-566.
COOTER, R. (2010). The turn of the body: history and the politics of the corporeal. ARBOR – ciencia, pensamiento y cultura, v. 186, n. 743, p. 393-405, mai-jun.
COURTINE, J-J. (2011). Introdução. In: COURTINE, J-J. (org.). História do Corpo 3: As mutações do olhar. O século XX. Petrópolis: Editora Vozes, p.7-12.
DEL PRIORE, M. (1995). Dossiê: a história do corpo. Anais do Museu Paulista, v.3, p. 9-26.
ELIAS, N. E. (1994). O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zaahar,.
FOUCAULT, M. (2011). Vigiar e punir: nascimento da prisão. 39. ed. Petrópolis: Vozes.
FURTADO, H.; QUITZAU, E. A.; MORAES E SILVA, M. (2018). Blumenau e seus imigrantes: apontamentos acerca da emergência de uma cultura física (1850-1899). Movimento, v. 24, p. 665-676.
GLEYSE, J. (2018). A instrumentalização do corpo: uma arqueologia da racionalização instrumental do corpo, da Idade Clássica à Época Hipermoderna. São Paulo: LibersArs.
GOELLNER, S. V. (2001). A educação física e a construção do corpo da mulher: imagens de feminilidade. Motrivivência, Florianópolis, v. 16, p. 35-52.
GOELLNER, S. V. (2003). Bela, maternal e feminina: imagens da mulher na revista Educação Physica. Ijuí, RS: Editora Unijuí.
GOMES, L. C.; QUITZAU, E. A.; MORAES E SILVA, M. (2020). As festividades dançantes no Clube Curitibano: Os bailes como elemento da cultura física (1881-1914). History of Education in Latin America - HistELA, v. 3, p. e19729.
KIRK, D. (1999). Physical Culture, Physical Education and Relational Analysis. Sport, Education and Society, v.4, n.1, p.63-73.
LE BRETON, D. (2011). Antropologia do corpo e modernidade. Petrópolis: Vozes.
LE GOFF, J.; TRUONG, N. (2015). Uma história do corpo na Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
LÉVINE, E.; TOUBOUL, P. (2015). Le corps. Paris: Flamarion.
MAUSS, M. (2009). As técnicas do Corpo, in: AA.VV., Corpo, Colecção Arte e Sociedade (Dir. João Valente Aguiar), n.º 1, Lisboa: Apenas Livros, Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, pp. 3-24.
MEURER, S. S. (2018). A invenção do recreio escolar: uma história de escolarização no estado do Paraná (1901-1924). Curitiba: Appris.
MORAES E SILVA, M.; QUITZAU, E. A (2018). A cultura física na cidade de Curitiba: a emergência de uma pedagogia corporal (1899-1909). Revista de Ciencias Sociales, v. 41, p. 275-296.
MORAES E SILVA, M.; QUITZAU, E. A.; SOARES, C. L. (2018). Práticas educativas e de divertimento junto à natureza: a cultura física em Curitiba (1886-1914). Educação e Pesquisa, v. 44, p. 178293.
MORENO, A. (2001). Corpo e ginástica num Rio de Janeiro – mosaico de imagens e textos. 2001. 264p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, SP.
MORENO, A. (2003). O Rio de Janeiro e o corpo do homem fluminense: o 'não lugar' da ginástica sueca. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 25, n.01, p. 55-68.
NAMAN, M.; FURTADO, H.; MORAES E SILVA, M. (2020). Entre o rio e o mar: espaços de educação do corpo na cidade de Itajaí (1895-1920). Revista Conexões, v. 18, p. e020038.
PORTER, R. (2001). History of the Body Reconsidered. In: BURKE, P. (org.). New perspectives on historical writing. Pennsylvania: Pennsylvania State University Press, p.230-260.
RUBERG, W. (2020). History of the body. London: MacMillan International; Red Globe Press.
SARASIN, P. (2016). Reizbare Maschinen. Eine Geschichte des Körpers 1765-1914. Frankfurt am Main: Suhrkamp.
SCHARAGRODSKY, P.A. (2014). Palabras preliminares. In: SCHARAGRODSKY, P.A. Miradas médicas sobre la cultura física en Argentina (1880-1970). Buenos Aires: Prometeo.
SOARES, C. L. (2000). Notas sobre a Educação do Corpo. Educar em Revista, v. 16, n.16, p. 43-60.
SOARES, C. L. (2001). Corpo, conhecimento e educação: notas esparsas. In: SOARES, C. L. (org.). Corpo e história. Campinas: Autores Associados, p.109-130.
SOARES, C. L. (1994). Educação física: raízes europeias e Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 1994.
SOARES, C. L.; ZARANKIN, A. (2004). Arquitetura e Educação do Corpo: notas indiciais. Rua, v. 10, n.1, p. 23-35.
TAMÉS, G. G. (2009). Aproximaciones a la historia del cuerpo como objeto de estudio de la disciplina histórica. Historia y Grafía, n. 33, p. 167-204.
VIGARELLO, G. (2018). Le corps redressé: Histoire d’un pouvoir pédagogique. Paris: Félin.
ZARANKIN, A. (2002). Paredes que domesticam: arqueologia da arquitetura escolar capitalista; o caso de Buenos Aires. São Paulo, SP: Editora da FAPESP.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
(a) Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
(b) Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
(c) Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) after the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).




