Nas bordas da língua, todos somos carcamanos: processos de identificação de imigrantes sírio-libaneses no Piauí

Autores

  • Gustavo Fortes Said UFPI

DOI:

https://doi.org/10.5380/am.v26i1.90090

Palavras-chave:

Imigração sírio-libanesa, Imigração e interseccionalidade, Identidades culturais, História de Vida.

Resumo

Com base na autorreflexão crítica e na interseccionalidade, o artigo discute a imigração de sírios e libaneses para o Piauí, no início do século XX. Nesse processo, a matriz linguística é a chave para a compreensão da integração à cultura local, na medida em que aos ‘estrangeiros’ era negado o direito de falar sua língua e se exigia que se expressassem no idioma local. Atendo-se à história de vida de seus avós e com procedimentos da História Oral, o autor entende que os imigrantes foram submetidos a operações de linguagem que lhes negavam o pertencimento à cultura árabe e lhes imputavam estereótipos negativos, como é o caso da expressão do vernáculo italiano (carca la mano), que gerou um neologismo em português (carcamano) para designar pejorativamente os falantes de árabe.

Biografia do Autor

Gustavo Fortes Said, UFPI

Professor UFPI, Doutor em Ciências da Comunicação

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Publicado

2023-07-14

Como Citar

Said, G. F. (2023). Nas bordas da língua, todos somos carcamanos: processos de identificação de imigrantes sírio-libaneses no Piauí. Ação Midiática – Estudos Em Comunicação, Sociedade E Cultura, 26(1). https://doi.org/10.5380/am.v26i1.90090

Edição

Seção

Dossiê: "Culturas diaspóricas: construções identitárias e mediações culturais"