Nas bordas da língua, todos somos carcamanos: processos de identificação de imigrantes sírio-libaneses no Piauí
DOI:
https://doi.org/10.5380/am.v26i1.90090Keywords:
Imigração sírio-libanesa, Imigração e interseccionalidade, Identidades culturais, História de Vida.Abstract
Com base na autorreflexão crítica e na interseccionalidade, o artigo discute a imigração de sírios e libaneses para o Piauí, no início do século XX. Nesse processo, a matriz linguística é a chave para a compreensão da integração à cultura local, na medida em que aos ‘estrangeiros’ era negado o direito de falar sua língua e se exigia que se expressassem no idioma local. Atendo-se à história de vida de seus avós e com procedimentos da História Oral, o autor entende que os imigrantes foram submetidos a operações de linguagem que lhes negavam o pertencimento à cultura árabe e lhes imputavam estereótipos negativos, como é o caso da expressão do vernáculo italiano (carca la mano), que gerou um neologismo em português (carcamano) para designar pejorativamente os falantes de árabe.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The author(s) of a text approved by reviewers give(s) automatically, and without any kind of burden, the right of first publication of the material submitted.
