Open Journal Systems

Disciplina pessoal, dispositivos e precarização do trabalho em três aplicativos de produtividade

Luis Mauro Sá Martino, Alessandra Goulart, Thais Godinho

Resumo


Este texto analisa as descrições dos três aplicativos de produtividade mais acessados nas lojas virtuais PlayStore e AppleStore. O objetivo é delinear quais discursos são acionados para incentivar os potenciais usuários a baixar os aplicativos, e como esses dispositivos são situados no âmbito de uma economia da informação. A análise mostrou três pontos principais: (1) os aplicativos são voltados à organização do tempo de produção, progressivamente indefinido; (2) a organização do trabalho é pensada em termos de organização pessoal, da qual deve decorrer a profissional; (3) há, em um dos casos, um sistema de pontuações e recompensas pela produtividade. Esses dados são analisados criticamente contra o pano de fundo das noções de “cultura empreendedora” e, sobretudo, de trabalho informacional.

Palavras-chave


Aplicativos; Mídias Digitais; Precarização do Trabalho; Produtividade

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/2238-0701.2020n20.03