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O “campo darwiniano” e a história do romance

Pedro Dolabela Chagas

Resumo


O artigo explora a contribuição de teorias evolutivas para a teoria e a história do romance. Define-se primeiramente as propriedades dessas teorias que interessam para o estudo da literatura. Passa-se daí ao tópico da “exaptação”, em suas possíveis implicações para a formulação de hipóteses sobre a origem do romance. Esse passo leva à discussão sobre as condições de formação biológica e cultural da mente moderna, assim como das condições de vida social que teriam consolidado, na nossa espécie, predisposições psicológicas e padrões de interação social ainda atuantes. Esse tópico repercute, num momento seguinte, como fundamento explicativo para a definição da ficção como um “simulador mental” de baixo custo que atende a funções individual e coletivamente condicionadas. Por fim, toma-se a somatória dos passos anteriores para ensaiar-se uma hipótese explicativa sobre a poligênese do romance, conforme descrita por certa historiografia recente do gênero.

Palavras-chave


Evolução humana: mente e cultura; Narrativa e ficção; História do romance

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v93i1.45947