Avaliação da percepção de estudantes de Medicina Veterinária sobre o uso de modelos 3D de encéfalo canino no aprendizado de neuroanatomia - Um estudo piloto

Resumo

Apesar das aulas teóricas e estudos com modelos cadavéricos, entender o cérebro, particularmente os nervos cranianos (NCs), continua desafiador para estudantes de medicina veterinária. Este estudo avaliou as percepções de estudantes de graduação em medicina veterinária sobre um modelo de encéfalo impresso em 3D para aprendizado de neuroanatomia. O encéfalo canino foi digitalizado utilizando o software KIRI Engine com uma câmera de smartphone. As imagens foram exportadas e processadas no software Autodesk Meshmixer para refinar a malha 3D, seguido pelo planejamento de impressão no software Ultimaker Cura e produção em filamento de ácido polilático (PLA) em uma impressora Creality Ender 3. O modelo foi testado em aulas de neuroanatomia, e as percepções dos alunos foram coletadas por meio de um questionário baseado em escala Likert com 20 afirmações. As análises estatísticas foram realizadas via IBM 2017, versão 25.0 e incluíram a significância da correlação de Spearman em p < 0,05 e o teste de Mann-Whitney. Vinte e nove alunos (25 mulheres, 4 homens) participaram. Os resultados revelaram correlações significativas: o "modelo 3D me ajudou a entender" com o "NC identificado" (p = 0,0285), "tornou-se mais fácil de entender" (p = 0,0066) e "entendeu o posicionamento do NC melhor do que o material natural anatômico" (p = 0,0141). Os alunos acharam o modelo 3D mais útil do que o cérebro natural sozinho (p = 0,0455) e eficaz na representação das características do encéfalo (p = 0,0002). No entanto, a textura do modelo foi indicada como uma limitação (p = 0,0433). Os alunos apreciaram o modelo 3D como um complemento valioso para as aulas de neuroanatomia. Embora tenha melhorado a compreensão dos nervos cranianos e de outras estruturas cerebrais, ele deve ser usado como uma ferramenta complementar junto com os métodos de ensino tradicionais.