AVALIAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA EM ANTAS (Tapirus terrestris)

Autores

  • Fabio Guilherme Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Leticia Garcia UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Zalmir Silvino Cubas Itaipu Binacional, Refúgio Biológico Bela Vista
  • Marcela A. Cabañas Itaipu Binacional, Zoológico da Itaipu
  • Paulo Rogerio Mangini Vida Livre Medicina de Animais Selvagens Ltda
  • Nei Moreira UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DOI:

https://doi.org/10.5380/avs.v24i2.62985

Palavras-chave:

coração, eletrocardiografia, ecg, Tapirus terrestris

Resumo

O objetivo desse trabalho foi estabelecer parâmetros eletrocardiográficos para a anta (T. terrestris), servindo como referência normal para a espécie. Foram utilizados machos adultos de anta brasileira (n=11), com peso entre 160 a 220 kg e idade entre 3 a 28 anos. Os animais estavam alojados em cativeiro na Itaipu Binacional (Brasil e Paraguai). Os resultados estão expressos na forma de média ± desvio padrão. Os parâmetros obtidos em DII (derivação II) foram a frequência cardíaca (FC) = 63 ± 22 bpm, ritmo cardíaco (sinusal), eixo elétrico médio (EEM) = 70,00º ± 81,22º; duração de P = 0,05 ± 0,02 s; amplitude de P = 0,16 ± 0,07mV, duração de QRS = 0,08 ± 0,02 s; amplitude de R = 0,74 ± 0,41 mV; duração do intervalo PR = 0,19 ± 0,06 s e duração de QT = 0,40 ± 0,14 s. Na observação de dados publicados em evento cientifico, com exceção da amplitude de P (2,3 vezes maior no presente estudo), todas as outras variáveis estão próximas para a mesma espécie. Verificou-se que a FC das antas sob efeito dos anestésicos utilizados (cetamina 10%; detomidina 1%; butorfanol 1%; com adição de atropina na presença de secreção respiratória abundante) é 1,5 vezes maior que a FC média de equinos adultos não anestesiados em repouso. No intervalo PR, duração de P e amplitude de R observou-se que equinos têm valores duas a quatro vezes maiores que os das antas. A duração de QRS em antas chega a pouco menos que duas vezes menor, quando comparada com a de equinos. A FC maior pode estar relacionada a um provável maior metabolismo das antas, considerando que são animais com menor massa corporal do que os equinos. O menor intervalo PR das antas também pode ser atribuído a este fato. A menor duração de P e de QRS e da amplitude de R pode estar relacionada com o menor tamanho do coração das antas.

Biografia do Autor

Fabio Guilherme Santos, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE BIOCIENCIAS- FISIOLOGIA ANIMAL

Leticia Garcia, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE BIOCIENCIAS- FISIOLOGIA ANIMAL

Zalmir Silvino Cubas, Itaipu Binacional, Refúgio Biológico Bela Vista

CLINICA, MANEJO, PESQUISA E CONSERVAÇÃO DA FAUNA SILVESTRE

Marcela A. Cabañas, Itaipu Binacional, Zoológico da Itaipu

MEDICINA DE ANIMAIS SILVESTRES

Paulo Rogerio Mangini, Vida Livre Medicina de Animais Selvagens Ltda

CLINICA E MANEJO DE ANIMAIS SELVAGENS

Nei Moreira, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE BIOCIENCIAS- FISIOLOGIA ANIMAL

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Publicado

2019-06-28

Como Citar

Santos, F. G., Garcia, L., Cubas, Z. S., Cabañas, M. A., Mangini, P. R., & Moreira, N. (2019). AVALIAÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA EM ANTAS (Tapirus terrestris). Archives of Veterinary Science, 24(2). https://doi.org/10.5380/avs.v24i2.62985

Edição

Seção

Medicina Zoológica