OSTEOMETRIA DOS DÍGITOS DO QUATI (Nasua nasua, Linnaeus, 1758)
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v15i5.76351Keywords:
anatomia, dedo, morfometriaAbstract
Os quatis, mamíferos da família Procyonidae, apresentam médio porte, hábitos diurnos, terrestres e arborícolas. São animais plantígrados com cinco dedos em cada um de seus membros. Possuem exímia habilidade para cavar além de ótimos escaladores. Com dieta de caráter onívora, reviram tocos, pedras e exploram buracos à procura de pequenos invertebrados. E justamente por serem os mais utilizados tanto para a locomoção como também na captura de presas, os ossos do membro torácico são as estruturas anatômicas mais informativas, após o crânio, para correlacionar com a ecologia da espécie animal. Nesse ponto, a osteometria permite a análise de diversos registros que resultam em correlações anatomomorfofuncionais, entretanto, a falta de informações advindas da escassez de estudos com esse foco em procionídeos atenta para a necessidade da realização de pesquisas que busquem informações nesse sentido. Assim, o objetivo deste trabalho é o de determinar o comprimento dos ossos longos da mão do Nasua nasua e verificar a existência de diferenças com relação a canídeos já relatados. Para isso, foi utilizado um esqueleto de um indivíduo adulto desta espécie pertencente ao acervo do Laboratório de Anatomia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Setor Palotina para as ponderações. Estas abarcaram os comprimentos longitudinais dos ossos metacarpianos e falangianos tanto da mão direita quanto da mão esquerda do espécime. Um paquímetro digital (Starret®, precisão ±0,01mm) foi utilizado para as mensurações por único examinador, baseado na metodologia preconizada por Driesch (1976). Após a morfometria de metacarpos e falanges foi determinado o comprimento total de cada um dos cinco dedos em ambas mãos pela soma do comprimento das estruturas ósseas relatadas correspondentes a cada dígito, sendo os valores em milímetros encontrados (direito/esquerdo) para o primeiro dedo: 42,09/39,87 41 DP±1,1; segundo dedo: 66,88/66,29 66,6 DP±0,3; terceiro dedo: 70,96/71,69 71,3 DP±0,4; quarto dedo: 71,03/67,39 69,2 DP±1,8; quinto dedo: 63,19/56,07 59,6 DP±3,6. No animal analisado o primeiro dedo apresentava apenas as falanges proximal e distal, sendo o mais curto e estando condizente com outros estudos. Porém o tamanho médio do primeiro dígito para o quati foi cerca de 15 mm a mais do que o valor encontrado por Leão e colaboradores (2020) para o cachorro-do-mato, provavelmente devido ao fato de que aquele procionídeo utilize as mãos para muitas movimentações e possua mais destreza na alimentação, diferente do que se observa em canídeos. Os dedos com maiores comprimentos foram o terceiro e quarto, padrão este também verificado no cão doméstico, no cachorro-do-mato e em outros mamíferos. No quati (Nasua nasua) analisado, o primeiro dedo foi o mais curto e o terceiro dígito o mais longo. É importante ressaltar que como os resultados apresentados abarcam apenas um espécime, generalizações quanto ao padrão anatômico devem ser feitas de maneira cautelosa.
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