Avaliação da membrana de Colágeno Tipo II na cicatrização de feridas cutâneas excisionais em ratos Wistar

Resumo

Novos estudos apontam a produção de curativos, sintéticos ou com biomateriais, que possam influenciar de maneira benéfica na maioria dos tipos de feridas, seja por liberação de substâncias para a cicatrização ou por entrega de drogas nas células. A utilização de colágeno para esse fim está sendo amplamente estudada, a principal vantagem desse composto é sua alta degradabilidade e biocompatibilidade. O objetivo desse estudo foi verificar se o processo cicatricial da pele submetida à lesão cutânea induzida em ratos Wistar, responde positivamente usando membrana de colágeno tipo II não hidrolisado como curativo. Utilizaram-se 52 ratos da linhagem Wistar. Em cada animal foi realizada uma ferida com um trépano de 10mm na altura da cernelha. Os animais foram distribuídos em 3 grupos, grupo Controle, grupo Controle Positivo e grupo Tratamento. Foram avaliadas as respostas da cicatrização macro e microscópicas ao 5, 10 e 15 dias. As analises macroscópicas levaram em conta a área da ferida pós tratamento, já as análises microscópicas avaliaram a porcentagem de colágeno e características de reepitelização, infiltrado linfoplasmocitário e presença de crosta. Pode-se perceber que o tratamento com colágeno tipo II foi benéfico em relação a produção de colágeno na ferida aos 15 dias, além disso ao 10º dia pode-se observar uma taxa maior de reepitelização, diminuição do infiltrado linfoplasmocitário e ausência de crosta em relação aos outros grupos. O uso de UCII em feridas excisionais em ratos mostrou se eficaz em relação a melhora na produção final de colágeno e iniciando a fase proliferativa mais rapidamente.