MORDEDURAS: EXPERIÊNCIA DE PREVENÇÃO EM ESCOLA

Autores

  • Bruno Pedon Nunes Mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná - UFPR/Curitiba
  • Larissa Rachel Wolf Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná - UFPR/Curitiba
  • Rita de Cassia Maria Garcia Docente do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná - UFPR/Curitiba

DOI:

https://doi.org/10.5380/avs.v15i5.77141

Palavras-chave:

cães, crianças, mordidas, raiva, zoonoses

Resumo

Os seres humanos e os cães vêm se relacionando há pelo menos 20 mil anos. A interação dos seres humanos com os cães traz inúmeros benefícios para a saúde física e psicológica de ambas as espécies. Apesar disso, essa relação cada vez mais próxima tem implicações diretas e pode trazer consequências negativas como abandono, zoonoses e aumento da incidência de agressões e mordeduras, especialmente no meio urbano. O cão é mostrado como a mais frequente espécie agressora aos humanos. Nesse contexto, as mordeduras dos animais são preocupantes devido à possibilidade de transmissão da raiva, que se trata de uma zoonose com altos índices de letalidade e que representa sério agravante na saúde pública. Além disso, variadas infecções podem ser causadas por bactérias de espécies patogênicas presentes na saliva dos animais. Segundo o IBGE, no período de 2009 a 2013, 391 mil atendimentos antirrábicos no Brasil foram notificados a partir de agressões a crianças na faixa etária entre cinco e nove anos. As crianças são as vítimas mais comuns de mordidas de cães, 70% dos ataques fatais de cães e mais da metade das mordidas que requerem atenção médica envolvem crianças. O presente estudo objetivou desenvolver programa educativo para a prevenção de mordeduras em escola pública de ensino fundamental. Toda a ação educacional foi realizada baseando-se no material “5 chaves para prevenir mordidas de cães’’, desenvolvido pela Proteção Animal Mundial (WAP), em associação a Aliança Global para o Controle da Raiva (GARC) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O estudo foi realizado em escola pública municipal no município de Pinhais, localizado na região metropolitana de Curitiba, a oito quilômetros da capital. As ações educacionais foram realizadas durante dezembro de 2017, englobando 464 crianças matriculadas e cursando do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, com idade entre cinco e nove anos. As crianças receberam palestras de 15 minutos de duração sobre guarda responsável, bem estar animal e prevenção de mordeduras, utilizando-se das ilustraçoes presentes no material para exemplificação, seguida por simulação das cincos chaves de forma lúdica pelas crianças, com duração de cinco minutos. A fim de educar sobre os comportamentos humanos que desencadeiam a agressão expressada pelo animal, salienta-se a importância do médico veterinário como mediador da relação e distribuidor de conhecimento.

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Publicado

2020-12-22

Como Citar

Nunes, B. P., Wolf, L. R., & Garcia, R. de C. M. (2020). MORDEDURAS: EXPERIÊNCIA DE PREVENÇÃO EM ESCOLA. Archives of Veterinary Science, 25(5). https://doi.org/10.5380/avs.v15i5.77141

Edição

Seção

I Semana Acadêmica da Pós-Graduação em Ciências Veterinárias UFPR