AVALIAÇÃO MACROSCÓPICA DA ATIVIDADE CICATRIZANTE DA PLANTA Luehea divaricata (Açoita-cavalo) NA TERAPÊUTICA TÓPICA DE FERIDAS CUTÂNEAS
Abstract
O uso de fitoterápicos, com os mais diferentes objetivos, é feito desde tempos remotos. Dentre eles, a planta Luehea dicaricata (açoita-cavalo), tem sido proposta popularmente para fins diversos, incluindo a cicatrização de feridas. Porém, sua indicação popular, carece de investigações científicas mais aprofundadas. Com base nisto, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade cicatrizante de uma formulação a base de gel de quitosana acrescido ao extrato etanólico da casca do caule de L.divaricata nas concentrações de 2% e 4%. Para tal foram produzidas feridas cirúrgicas no dorso de ratos Wistar, sendo utilizados 40 ratos machos divididos em cinco grupos. Para comparação de resultados utilizou-se para controle positivo, um gel comercial a base de ácidos graxos essenciais, vitaminas A e E, óleos de copaíba e melaleuca e no grupo controle negativo, nada foi utilizado. Foi feito ainda um grupo em que se utilizou apenas a quitosana. Após 24 horas da cirurgia, iniciou-se o tratamento com aplicações duas vezes ao dia. A evolução da cicatrização foi avaliada diariamente e a mensuração da área das feridas feita a cada três dias. Os resultados da avaliação macroscópica foram submetidos à Análise de Variância e comparação de médias pelo Teste T ao nível de 5% de significância. Formulações tópicas a base de gel de quitosana e extrato de L. divaricataa 4%, aplicadas duas vezes ao dia, podem ser benéficas ao processo cicatricial do ponto de vista macroscópico, visto que podem otimizar a fase de fibroplasia da cicatrização. Além disso, a referida formulação induz menor exsudação, facilitando o processo cicatricial.