CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA RESISTÊNCIA DE HELMINTOS GASTROINTESTINAIS DE OVINOS (Ovis aries) A ANTI-HELMÍNTICOS, NO ESTADO DO PARANÁ
DOI:
https://doi.org/10.5380/avs.v3i1.3755Resumo
Utilizando-se o teste de redução de ovos por grama de fezes, foi realizado um levantamento da situação da resistência dos helmintos gastrointestinais de ovinos (Ovis ories) frente a antihelmínticos. Os testes foram realizados em 5 regiões climáticas do Estado do Paraná, trabalhando-se com infecções naturais a nível de campo. Nos testes foram utilizados 10 princípios ativos e 3 associações, abrangendo os 3 principais grupos químicos dos antihelmínticos de amplo espectro (benzimidazóis, imidazotiazóis e avermectinas) e o closantel, como droga de espectro reduzido. Adotando-se o critério de eficácia superior a 90%, a resistência está presente em 92,3% dos rebanhos testados para o oxfendazol, em 80% para o levamisol, em 85,7% para o tetramisol, em 91,3% para o ivermectin, em 30,8% para o moxidectin, em 85,8% para o closantel, e em 87,5% para as associações tetramisol + disofenol e oxfendazol + closantel. Os outros tratamentos propostos (albendazol, fenbendazol, abamectin, doramectin e oxfendazol + ivermectin) apresentaram 100% de resistência nos rebanhos testados. A resistência múltipla está presente em todos os rebanhos analisados, chamando a atenção para a possibilidade de falência do controle químico das parasitoses gastrointestinais em ovinos no Estado do Paraná. Para minorar esta situação, algumas medidas são sugeridas no presente trabalho, sendo que a mudança de atitudes por parte de ovinocultores, médicos veterinários e autoridades sanitárias do Estado é fundamental para o futuro da ovinocultura paranaense.
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