Direitos Autorais, atuação da Organização Mundial de Propriedade Intelectual e impactos geopolíticos
DOI:
https://doi.org/10.5380/rrddis.v1i2.93462Palavras-chave:
propriedade intelectual, direitos autorais, internacional.Resumo
Os ativos relacionados à Propriedade Inte-lectual têm como matéria-prima o insumo intelectual, de natureza imaterial (intangí-vel), que se relacionam estreitamente com os novos modelos de negócios praticados no ambiente digital. Em termos geopolí-ticos, a Propriedade Intelectual ganha es-paço por ser utilizada como instrumento de avanço no cenário mundial, como um mecanismo de proteção da inteligência e de uso estratégico de transferência de ino-vação e tecnologia. Todos esses elementos despertam interesse ofensivo dos países, porque os ganhos políticos (capital político alcançado) se somam ao poder econômi-co, numa ciranda que se retroalimenta e que viabiliza o elemento fundamental do controle, de uma fatia do cenário geopo-lítico. Assim, a existência de balizas míni-mas de direitos e deveres é fundamental, na medida em que os países precisam ser diretrizes, em nível global, para estabele-cer ditames regulatórios mínimos de éti-ca e justiça. Portanto, no plano ideal, o cenário geopolítico disputado no âmbito da Organização Mundial de Propriedade Intelectual deve ser pautado por valores de equilíbrio, de respeito à soberania dos países, de accountability (transparência, responsabilidade e prestação de contas) e de ética. Do contrário, caso se perca no horizonte os valores relevantes de atuação das agências especializadas da Organização das Nações Unidas, pode-se comprometer os elementos fundamentais de segurança institucional que devem balizar a atuação da Organização Mundial de Propriedade Intelectual.
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