Open Journal Systems

Influência das teorias dos diálogos institucionais e da última palavra provisória no pensamento constitucional brasileiro contemporâneo

Antonio Ezequiel Inácio Barbosa, Martonio Mont'Alverne Barreto Lima

Resumo


O presente artigo trata de pesquisa sobre a influência das teorias dos diálogos institucionais e da última palavra provisória no pensamento constitucional brasileiro contemporâneo. Investiga-se se essas teorias têm aptidão para servir de fundamento teórico à possibilidade jurídica de superação, pelo Poder Legislativo, das decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal no exercício do controle jurisdicional de constitucionalidade. A conclusão é positiva e assenta-se na premissa de que a superação legislativa é decorrência lógica do princípio democrático consagrado pela Constituição de 1988. Ademais, são examinados os modos pelos quais o fenômeno da superação legislativa pode ocorrer – emenda constitucional ou lei ordinária ou complementar –, com as características, exigências e implicações de cada um.

Palavras-chave


teoria dos diálogos institucionais; teoria da última palavra provisória; controle de constitucionalidade; superação legislativa.

Texto completo:

PDF

Referências


ALBUQUERQUE, Newton de Menezes. Crise do judiciário e sua democratização. Revista Pensar, Fortaleza, v. 4, n. 4, p. 151-170, jan. 1996.

ALEXY, Robert. Teoria da argumentação jurídica. Tradução de Zilda Hutchinson Schild Silva. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2005.

ALEXY, Robert. Direitos Fundamentais no Estado Constitucional Democrático. Para a relação entre direitos do homem, direitos fundamentais, democracia e jurisdição constitucional. Tradução de Luís Afonso Heck. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, n. 217, p. 55-66, jul./set. 1999.

ATIENZA, Manuel. Curso de Argumentación Jurídica. Madrid: Trotta, 2013.

BARROSO, Luís Roberto. O novo direito constitucional brasileiro: contribuições para a construção teórica e prática da jurisdição constitucional do no Brasil. Belo Horizonte: Fórum, 2013.

BARROSO, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro: exposição sistemática da doutrina e análise crítica da jurisprudência. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no Pensamento de Emmanuel Kant. São Paulo: Editora Mandarim, 2000.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação direta de inconstitucionalidade n. 5.105. Brasília, DF, 1.º de outubro de 2015. Disponível em . Acesso em: 15 out. 2017.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Julgamento conjunto das ações diretas de inconstitucionalidade n. 4.430 e 4.795. Brasília, DF, 29 de junho de 2013. Disponível em . Acesso em: 15 out. 2017.

CAMPOS, Francisco. O Estado nacional. Brasília: Senado Federal, 2001. Disponível em . Acesso em 15 out. 2017.

FERRAJOLI, Luigi. Pasado y futuro del estado de derecho. Revista internacional de filosofía política. Madrid, n. 17, p. 31-46, 2001.

HIRSCHL, Ran. Towards juristocracy: the origins and consequences of the new constitutionalism. Cambridge, MA: Harvard University Press, 2009.

KANT, Immanuel. Metaphysik der Sitten. Band 7. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, Sonderausgabe, 1983.

LIMA, Martonio Mont‘Alverne Barreto. Jurisdição Constitucional: um problema da Teoria da Democracia Política. In: SOUZA NETO, Cláudio Pereira; BERCOVICI, Gilberto; MORAES FILHO, José Filomeno; _______. (Org.). Teoria da Constituição: Estudos sobre o Lugar da Política no Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003, p. 199-261.

MAUS, Ingeborg. Direito, democracia e racionalidade procedimental. Belo Horizonte: Del Rey, 2009.

MAUS, Ingeborg. Zur Aufklärung der Demokratietheorie – Rechts- und demokratietheoretische Überlegungen im Anschluß an Kant. Frankfurt/M.: Surhkamp, 1992.

ROCHA, José de Albuquerque. Estudos sobre o poder judiciário. São Paulo: Malheiros, 1995.

ROESLER, Claudia Rosane; PEIXOTO, Fabiano Hartmann. Judicialização do direito: análise de decisão de controle concreto de constitucionalidade abstrativizada como base para a possibilidade de avaliação de sua racionalidade. Revista Pensar, Fortaleza, v. 14, n. 2, p. 240-254, jan./jul. 2009.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social ou Princípios do Direito Político. São Paulo: Hemus, 1981.

SARMENTO, Daniel; SOUZA NETO, Cláudio Pereira de. Direito constitucional: teoria, história e métodos de trabalho. Belo Horizonte: Fórum, 2012.

SARTORI, Giovanni. A teoria da democracia revistada. v. I. Tradução de Dinah de Abreu Azevedo. São Paulo: Ática, 1994.

SILVA, Cecília de Almeida et al. Diálogos institucionais e ativismo. Curitiba: Juruá, 2010.

TOCQUEVILLE, Alexis de. Die gesellschafltiche un politische Zustände Frankreiches vor und nach 1798. In: TOCQUEVILLE, Alexis de. Das Zeitalter der Gleichheit – Auswahl aus Werken und Briefen. Zweite neubearbeitete und erweitere Auflage. Hrsg. u. übersetzt v. Siegfried Landshut. Köln und Opladen: Westdeutscher Verl., 1967. p. 117-140.

TUSHNET, Mark. Taking the Constitution away from the courts. Princeton: Princeton University Press, 1999.

VIEIRA, António. Sermão da Terceira Dominga do Advento. V. I. Obras Completas do Padre António Vieira - Sermões. Porto: Lello & Irmão Editores, 1993.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rinc.v5i1.55825

Apontamentos

  • Não há apontamentos.