O realismo mágico como estratégia narrativa para ressignificar o passado histórico latino-americano em La mujer habitada, de Gioconda Belli
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v19i3.94324Palavras-chave:
Realismo mágico, La mujer habitada, Gioconda Belli, Nicarágua, Ditadura.Resumo
RESUMO: A partir do enquadramento do romance La mujer habitada, de Gioconda Belli, no panorama do realismo mágico tipicamente latino-americano (Iegelski, 2021; Botoso, 2011, Petrov, 2016, entre outros), este trabalho busca responder a duas perguntas: Como o realismo mágico influencia no tratamento do tempo e do espaço e na construção das personagens do romance de Belli? De que forma o realismo mágico contribui para a retomada e a ressignificação do passado histórico reprimido da Nicarágua? As reflexões suscitadas por essas perguntas permitiram, por exemplo, identificar o papel crucial que os recursos do realismo mágico exercem na construção das protagonistas, Itzá e Lavínia, cujos discursos, oriundos dos contextos pré e pós-colonial, são justapostos, na linearidade da narrativa, de forma a estabelecer o nexo que, sonegado pelos processos de colonização e pelo discurso historiográfico hegemônico, existe entre as memórias ancestrais da mulher indígena que vivenciou a chegada dos colonizadores e as experiências da mulher contemporânea no contexto de uma ditadura, estabelecendo forte relação entre o passado histórico da colonização da Nicarágua e sua mais recente ditadura e o universo construído por Belli no país ficcional de Faguas.
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