Romance Histórico – escrita híbrida de História e Ficção: Vias de descolonização para a América Latina
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v18i1.88031Palabras clave:
Novo romance histórico latino-americano, Metaficção historiográfica, Romance histórico contemporâneo de mediação, Descobrimento da América.Resumen
O romance histórico, escrita híbrida inaugurada por Walter Scott no romantismo europeu, primeiramente estudada por Lukács (1977), tem passado por grandes mudanças em sua trajetória até nossos dias. Desde o modelo clássico scottiano ao romance histórico tradicional – modalidades que se irmanam com o discurso historiográfico – até as escritas críticas da contemporaneidade, a ficção tem-se voltado desconstrucionista das imagens cristalizadas dos heróis do passado ao efetuar leituras paródicas, carnavalizadas, polifônicas e intertextualizadas dos eventos de outrora, conforme defendem, entre outros, Aínsa (1991), Menton (1993) e Hutcheon (1991). As modalidades críticas dessa escrita híbrida – novo romance histórico latino-americano, metaficção historiográfica e romance histórico contemporâneo de mediação (FLECK, 2017) – constituem vias de descolonização intelectual para a América Latina, tanto na escrita quanto na recepção. Exemplos disso, seguindo as modalidades que mencionamos, podem ser os romances Los perros del paraíso (1983), do argentino Abel Posse; Vigilia del Almirante (1992), do paraguaio Augusto Roa Bastos e Crónica del descubrimiento (1980) do uruguaio Alejandro Paternain, cujo centro narrativo conforma o “descobrimento” da América. Nossa intenção ao longo deste texto é proceder a uma leitura comparada destes romances como exemplo do modo como os escritores latino-americanos revisitam o passado e lhe dão novas perspectivas através de sua escrita crítica.
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