Utopismos feministas da/na linguagem literária: algumas questões de tradução

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/rvx.v17i4.87009

Palavras-chave:

Utopismos feministas, Linguagem, Tradução, Gênero

Resumo

As décadas de 1960 e 1970, geralmente referidas como momento de abertura da segunda onda do feminismo, foram palco de importantes utopismos feministas também no âmbito da linguagem – e, consequentemente, da literatura –, paralelamente ao ativismo militante. O presente trabalho oferece uma breve análise de três ficções utópico-feministas no tocante a questões da linguagem, em suas interfaces com dinâmicas da ação tradutória: The Cook and the Carpenter (1973), de June Arnold, Woman on the Edge of Time (1976), de Marge Piercy e Ancillary Justice (2013), de Ann Leckie, observando suas respectivas traduções, tanto existentes quanto potenciais. Numa perspectiva informada pela Crítica Feminista, pelos Estudos de Gênero e pelos Estudos da Tradução, nossa reflexão enfoca as formas pelas quais as linguagens feministas experimentais configuradas nessas obras e em suas traduções sublinham e desestabilizam o sexismo e o binarismo de gênero conforme materializado na/pela linguagem.

Biografia do Autor

Elton Luiz Aliandro Furlanetto, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Possui graduação (bacharelado e licenciatura) em Letras Inglês e Português pela Universidade de São Paulo (2005). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas de língua estrangeira, atuando principalmente nos seguintes temas: ficção científica, literatura estadunidense, crítica materialista histórica, utopia, tradução literária e escrita criativa. É mestre na área de Estudos Literários em Inglês com enfoque na Ficção Científica e Guerra Fria (2010). Doutor pela mesma área na USP (2015), estudou a Utopia e a Politização da Arte, com bolsa sanduíche da CAPES na University of Florida. Além disso, foi professor de turmas em cursos de Tradutor/Intérprete, Letras-inglês, Licenciatura em Linguagens, enfocando principalmente as questões da língua e literaturas em inglês e seu ensino, além da tradução literária. Atualmente é professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisador do GREAT - Grupo de Estudos de Adaptação e Tradução e do Literatura e Utopia

Marília Dantas Tenório Leite, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Possui Graduação em Letras com habilitação em língua inglesa pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). É mestra pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET), é atualmente doutoranda do PPGI (UFSC) e bolsista CAPES.

Ildney de Fátima Souza Cavalcanti, Universidade Federal de Alagoas

Possui Licenciatura em Letras Português e Inglês, pela Universidade Federal de Alagoas (1985); Mestrado em Letras-Inglês pela Universidade Federal de Santa Catarina (1988); Doutorado em English Studies, pela University of Strathclyde (1999); e Pós-doutorado pela University of Cardiff (2012). Atualmente é professora associada 4 da Universidade Federal de Alagoas, onde atua no Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística, vinculado à Faculdade de Letras; e coordena o grupo de pesquisa Literatura e Utopia. Participa do GT A Mulher na Literatura, da Anpoll, e é associada à Abrapui. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Estudos de Gênero, atuando principalmente nos seguintes temas: estudos de gênero, utopia, estudos da utopia, distopia e literatura no ensino de inglês.

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Publicado

2022-12-21

Como Citar

Furlanetto, E. L. A., Leite, M. D. T., & Cavalcanti, I. de F. S. (2022). Utopismos feministas da/na linguagem literária: algumas questões de tradução. Revista X, 17(4), 1310–1327. https://doi.org/10.5380/rvx.v17i4.87009