A (delicada) noção de intencionalidade na atenção conjunta
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v16i6.82217Palavras-chave:
Intencionalidade, Atenção Conjunta, Interação.Resumo
Compreender a presença da intencionalidade nas ações de crianças em aquisição da linguagem tem sido apontado por pesquisadores a exemplo de Melo (2015), Costa Filho (2016), Ávila-Nóbrega (2017), dentre outros, como um desafio para a discussão deste conceito dentro dos estudos sobre atenção conjunta. Desse modo, o objetivo deste artigo é discutir a noção de intencionalidade comunicativa presente em contextos de atenção conjunta. Primeiramente, destacamos as contribuições teóricas de Bruner (1975; 1983) e Tomasello (2003) a respeito da teoria da atenção conjunta, entendendo-a com um processo interativo que se consolida durante o primeiro ano de vida das crianças. Em seguida, discutimos a noção de intencionalidade apresentada especialmente por Tomasello e Carpenter (2007). Considerando que essa noção é delicada do ponto de vista teórico e analítico, propomos, a partir do conceito de Beaugrande e Dressler (1981), uma perspectiva para a compreensão da intencionalidade em cenas de atenção conjunta. Após isso, trazemos dois exemplos de interações de atenção conjunta coletados em diferentes contextos interativos com crianças para discutir a noção de intencionalidade por meio da perspectiva proposta. Percebemos, por fim, que a intencionalidade comunicativa dentro da atenção conjunta parece apontar para escolhas e ações realizadas pela criança para atingir um objetivo dentro da interação.
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