Da página em branco à educação do desejo: Escrita criativa e utopia no ensino de literatura
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v16i3.79685Palavras-chave:
Ensino de literatura, Escrita criativa, Utopia.Resumo
Neste artigo, teço uma reflexão acerca do ensino de literatura, com enfoque na prática da escrita literária em sala de aula como uma importante e potente ferramenta para a formação crítica dos/as alunos/as. A partir de uma discussão acerca do que é literatura (ECO, 2003; EAGLETON, 2006), e de como ela vem sendo ensinada (LAJOLO, 1994; ZILBERMAN, 1990), argumento em prol da exploração da escrita criativa (MORLEY, 2007), mais especificamente, a escrita literária, no âmbito do ensino de literatura como uma maneira de ampliar as possibilidades pedagógicas dessa disciplina. Mas apenas isso: entendendo a necessidade de criação (por meio da imaginação, fabulação) como um traço inerente ao ser humano, conforme apontado por Gullar (2014) e Candido (1995), exploro a maneira como a escrita literária pode funcionar como uma ferramenta utópica (SOUSA, 2007; SZACHI, 1972), que promove uma educação do desejo (LEVITAS, 2011), por meio da qual os/as alunos/as podem exercitar a liberdade de criar mundos outros, lançando um olhar crítico para o mundo à sua volta. Em última instância, tal prática almeja ser uma outra forma cativar os/as alunos/as, tornando-os/as leitores/as críticos/as — objetivo primordial do ensino de literatura.
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