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A “resistência anormal” da África frente ao vírus da covid-19: esboço de uma análise de uma colonialidade do poder sobre a vida na África

Paul Mvengou Cruzmerino, Claudia Helena Daher, Nathalie Anne Marie Dessartre

Resumo


Este artigo tem por objetivo analisar um discurso velado de cunho colonialista que estaria por trás da surpresa do poder e das mídias europeias ao perceber a não-concretização da catástrofe sanitária que haviam imaginado para a África em relação à evolução da pandemia de Covid-19. Esse discurso colonialista estaria também por trás das intenções em testar vacinas no continente africano, uma prática que já era comum na época colonial. O estudo aponta e denuncia um aprisionamento dos povos da África subsaariana em uma relação assimétrica sistêmica de poderes que ainda persiste e que teria vindo à tona nos discursos midiáticos com a crise sanitária global.

Palavras-chave


África; Assimetria sistêmica de poderes; Colonialidade do poder; Covid-19; Discurso midiático europeu

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v16i1.78345