LÍNGUAS SILENCIADAS, NENHUMA A MAIS!

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/rvx.v15i4.76117

Palavras-chave:

Silenciamento de línguas, Línguas originárias, Resistência linguística.

Resumo

Ana Vilacy Galucio (MCTI), no décimo terceiro artigo, “Línguas silenciadas, nenhuma a mais!”, nos convida a pensar os efeitos da COVID-19 sobre os povos da terra, a ampliação da política de morte praticada pelo atual governo e as enormes perdas que a humanidade sofre com o desaparecimento de povos originários, de suas histórias e de seus saberes.

O Brasil é um país multilíngue, com uma grande diversidade linguística. Mais de 150 línguas dos povos originários são faladas atualmente no país, porém a maioria destas línguas está ameaçada, como consequência de um longo processo de silenciamento. Essa situação se agrava ainda mais no contexto da pandemia de COVID-19 que tem afetado de forma dramática a estes povos, seja pelos efeitos da doença, que já ceifou mais de 800 vidas indígenas, seja pela ausência de ações efetivas de proteção. Nesse contexto, há também uma ameaça gigantesca à sobrevivência das línguas tradicionais desses povos, considerando que muitos dos indígenas afetados pela pandemia podem ser os últimos guardiães das línguas tradicionais de seus respectivos povos. Enquanto estudiosos da linguagem precisamos agir para que essas vozes de resistência não sejam caladas. Vidas indígenas importam, suas línguas importam.

Biografia do Autor

Ana Vilacy Galucio, Museu Paraense Emílio Goeldi - MCTI

Linguista, pesquisadora titular do Museu Goeldi/MCTI, docente permanente do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade (PPGDS) do Museu Goeldi e do Programa de Pós-graduação em Letras, da Universidade Federal do Pará. Dedica-se ao estudo e documentação de línguas dos povos originários do Brasil, com interesse especial no trabalho com línguas ameaçadas e iniciativas de (re)vitalização linguística.

Downloads

Publicado

2020-09-23

Como Citar

Galucio, A. V. (2020). LÍNGUAS SILENCIADAS, NENHUMA A MAIS!. Revista X, 15(4), 99–106. https://doi.org/10.5380/rvx.v15i4.76117