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"SE NÃO SOU MEXICANO, O QUE EU SOU?": REFLEXÕES SOBRE O ECÓTONO/LA FRONTERA EM ARISTÓTELES E DANTE DESCOBREM OS SEGREDOS DO UNIVERSO

Matheus da Silva Medeiros

Resumo


A proposta deste trabalho é apresentar uma leitura da obra Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo, de Benjamin Alire Sáenz. Com base nos pressupostos teóricos dos Estudos Culturais, analiso os conflitos identitários vivenciados pelas duas principais personagens da narrativa: Aristóteles Mendoza e Dante Quintana. Os fantasmas do irmão Bernardo e de tia Ophelia, que assombram a família dos Mendoza, colocam em evidência o patriarcalismo, o machismo e a heteronormatividade presentes na comunidade chicana, que levam Ari à homofobia internalizada. Dante, por sua vez, apesar de ter nascido em uma família de origem mexicana, sente-se como se fosse um mexicano “incompleto”, um outsider na sua própria família. Tomando como base o texto Borderlands/La Frontera, de Anzaldúa, analiso que tanto Ari quanto Dante enfrentam dificuldades relativas à internalização de fronteiras: no caso de Ari, das fronteiras do domínio da normalidade fundado pela heteronormatividade; e no caso de Dante, da herida abierta (ANZALDÚA, 1987) que é a fronteira México-Estados Unidos.


Palavras-chave


Estudos Culturais; Benjamin Alire Sáenz; Gloria Anzaldúa; Literatura Chicana.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v15i7.74657