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IEMANJÁ E IANSÃ NA SALA DE AULA: DIÁLOGOS SOBRE RELIGIÃO AFRICANA NA LITERATURA JUVENIL BRASILEIRA

Marcilene Moreira Donadoni

Resumo


Baseado na determinação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, acerca do ensino de História e Cultura Afro-brasileira, este trabalho apresenta uma descrição das aulas de literatura desenvolvidas por meio da leitura de textos afro-brasileiros de temática religiosa. Para tanto, analisar-se-á a recepção de dois contos curtos: “A pele de Oiá-Iansã”, de Celso Sisto, e “A punição de Iemanjá”, de Adilson Martins, realizadas por meio de atividades de leitura e produção de texto aplicadas ao 2º ano do Ensino Médio, da Escola Estadual Edwards Corrêa e Souza, localizada no município de Três Lagoas (MS). Assim, ancorados metodologicamente nos pressupostos teóricos de Bonnici (2011), Conceição (2016), Mariosa e Reis (2011), Mereilles (2012) e Oliveira (2013), propomos discutir o papel da escola e da literatura na formação da identidade dos estudantes praticantes das religiões de matriz africana - candomblé e umbanda. Dessa forma, verificamos a partir da pesquisa-ação que esse perfil de estudantes se encontra silenciado e oprimido em contexto escolar. Logo, traçamos sequências didáticas que permitiram atenuar essa condição, destacando a importância da luta social das personagens negras Iemanjá e Iansã.


Palavras-chave


Formação da Identidade; Lei nº 10.639; Literatura Juvenil Afro-brasileira.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v15i7.74606