QUANDO POLÍTICAS DE RESISTÊNCIA SE TRANSFORMAM EM POLÍTICAS LINGUÍSTICAS OFICIAIS: O ESPANHOL NO NORDESTE BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v15i5.73305Palavras-chave:
Políticas linguísticas, Políticas de resistência, Espanhol no Nordeste.Resumo
As políticas linguísticas são entendidas, de modo geral, como um conjunto de decisões sobre o uso das línguas na esfera social, normalmente impostas pelo Estado através de documentos prescritivos oficiais. Contudo, quando analisamos a história do ensino de línguas no mundo ocidental, percebemos o surgimento de um conjunto de gestos de intervenção linguística (PONTE, 2010), que se contrapõe às macropolíticas instituídas pelas instituições governamentais que, muitas vezes, se fundamentam a partir de um paradigma da exclusão. Estes gestos de intervenção linguística também podem ser chamados de políticas de resistência, e são implementados por instituições periféricas, que não gozam do poder estatal como, por exemplo, as associações de professores e os movimentos estudantis. Com o objetivo de problematizar o processo pelo qual as políticas de resistência se transformam em políticas linguísticas oficiais, fundamentados em autores como Cooper (2000) e Ponte (2010), trataremos, neste artigo, do ensino de espanhol na região Nordeste de Brasil sob a perspectiva das micropolíticas que se opõem à revogação da Lei nacional nº 11.161/2005. As análises mostram que, no caso do espanhol, políticas de resistência vêm se transformando em políticas oficiais, garantindo o ensino desse idioma neolatino nos currículos de escolas estaduais e municipais.
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