TRANSLINGUAGENS: DISCURSO, POLÍTICAS E PEDAGOGIAS
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v15i1.73182Resumo
A translinguagem pode ser concebida como um conceito ainda em evolução. (Re)Pensada a partir do contexto da educação bilíngue (GARCÍA, 2009), como uma forma de enfrentamento a visões monolíticas e racionalistas diante da linguagem, do sujeito e da cultura, a translinguagem seguiu evidenciando-se como uma ruptura paradigmática no campo dos Estudos da Linguagem, expandindo a noção de comunicação para além das palavras e línguas individuais ou nominadas, em favor de processos e práticas de construção de sentidos, ideológica e historicamente situados e ecologicamente constituídos (CANAGARAJAH, 2013, 2017a/b). Alinhada às ideias do pós-estruturalismo, a noção de translinguagem vincula-se a ideologias e práticas (educativas) que corroboram à luta por equidade e justiça social (GARCÍA; LI WEI, 2014), em seus mais variados aspectos, ao mesmo tempo em que celebram a mobilidade, a mistura e a dinamicidade linguística, cultural, identitária e política sob lentes mais plurais, abertas e transgressivas. Performativas por natureza, as práticas translíngues mostram-se criativas, críticas, estratégicas e flexíveis (LI WEI, 2011; GARCÍA; WEI, 2014), situando-se em meio a espaços de tensão e ruptura, abertos à desestabilização e à transformação. Em sua complexidade, as translinguagens imbricam-se em discursos e ideologias que podem, em uma roupagem restritiva, servir a discursos neoliberais, e, em contrapartida, assumir formas mais expansivas que potencialmente rompem modos mais autoritários e opressores de discurso e vida (Canagarajah, 2017a). Este dossiê é pensado nesse horizonte, em que a translinguagem evidencia sua pluralidade e, por decorrência, realiza-se como filosofia, como espaços de crise e criatividade, como um conjunto de práticas pedagógicas, como discursos, ideologias e políticas potencialmente transgressoras, entre outras possibilidades.
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