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PARADOXOS NAS SITUAÇÕES DE BILINGUISMO NA COMUNIDADE ESTUDANTIL DE ALTOS DE CHIAPAS

María Antonieta Flores Ramos

Resumo


Com base em Gass e Selinker (1994, 2008), Selinker (1972), Braggio (2011), Calvet (2002), Brito (2011) e Lucchesi (2015), buscou-se explicar os paradoxos encontrados na situação do bilinguismo vivida em uma comunidade estudantil de Altos de Chiapas, no México. Um total de 22 estudantes de grupos étnicos Maias, Tsotsil e Tseltal, da Universidade Intercultural de Chiapas, compõe o universo de análise da pesquisa. Entrevistas escritas e orais foram aplicadas aos alunos entre fevereiro e maio de 2019. Nas entrevistas escritas, destacou-se o grau de proficiência que os estudantes consideram possuir em espanhol e na língua indígena; já na entrevista oral, exploram-se as preferências linguísticas e as razões para as referidas escolhas. Os resultados, embora paradoxais, se relacionam com a emergência de um bilinguismo com proficiências desiguais em diferentes habilidades, sem contar as atitudes linguísticas contraditórias. Por outro lado, as relações desiguais de poder, produzidas entre os falantes de línguas indígenas e da sociedade nacional, acabam gerando dúvidas em torno dos rótulos criados sobre o indígena. Nessas relações desiguais, gestam-se os bilinguismos multifacetados (GASS; SELINKER, 2008) e os processos irregulares de transmissão da língua espanhola, que, por sua vez, geram uma variedade diatópica do espanhol, negativamente valorizada.

Palavras-chave


Sociolinguística; Bilinguismos; Línguas Maias-Espanhol.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v15i7.72676