RELAÇÕES DE SABER-PODER E O PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO DEPENDENTE DIGITAL
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v15i3.72359Palavras-chave:
Dependência digital, Mídias digitais, Poder, Saber.Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar o discurso sobre o dependente digital, percebendo como os saberes e poderes atravessam a relação do sujeito com as mídias digitais. Para tanto, ancoramo-nos nas teorizações foucaultianas, sendo as reflexões desse estudioso essenciais para que possamos compreender os efeitos de sentido do discurso sobre o dependente digital. São noções como discurso, enunciado, saber, (bio)poder e biopolítica que nortearam nosso olhar sobre as materialidades estudadas. Nesse sentido, tomamos como corpus duas reportagens que circularam nas mídias digitais em diferentes portais de notícias. Trata-se de uma pesquisa descritivo-interpretativa, de abordagem qualitativa. Destarte, as análises assinalam que o discurso sobre o vício em Internet mobiliza saberes que objetivam o sujeito, ao nomear determinados hábitos como um vício, de modo a enxertar o sujeito no lugar do doente. Emergem, com isso, estratégias biopolíticas que visam a conduzir as práticas do sujeito no uso da Internet. Portanto, as instâncias de saber-poder buscam que os sujeitos atinjam um padrão de normalidade.
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