REARTICULAÇÃO DO IMPERIALISMO LINGUÍSTICO SOBRE A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA INDÍGENA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/rvx.v14i5.67359

Palavras-chave:

diferença colonial, colonialidade, decolonialidade, linguagem

Resumo

A partir do Decreto 5.626/05, a libras se tornou mais uma língua, ao lado do português, língua oficial do país, e do inglês, língua estrangeira e internacionalmente hegemônica, determinante da organização sociolinguística do currículo escolar no Brasil. Apesar de ser minorizada no cenário nacional, a libras está valorizada sob a metalinguagem do português no panorama da educação escolar indígena e é fortalecida politicamente num espaço aberto para a valorização da produção do conhecimento pelos povos indígenas em suas línguas. O imperialismo linguístico oficial do país, mesmo com os ganhos constitucional, de 1988, e educacional, de 1996 (LDB), para a determinação sociolinguística das comunidades indígenas brasileiras, reduz a posição geopolítica dessas mesmas comunidades com a inserção na educação escolar da obrigatoriedade de ensino de mais uma língua não indígena. Objetivamos, neste artigo, discutir sobre a tensão acentuada no contexto de diversidade linguística em que o português, o inglês e a libras são línguas oficialmente mais valorizadas que as línguas indígenas, e problematizar a colonização epistêmica e linguística que se serve, legalmente, de uma língua sinalizada, nacionalmente, ao mesmo tempo, hegemônica e minorizada, para rearticular o imperialismo linguístico nacional, na formação docente de grupos subalternizados.

Biografia do Autor

Tânia Ferreira Rezende, Universidade Federal de Goiás

Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora do Departamento de Linguística e Língua Portuguesa e do Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás.

Hildomar José de Lima, Universidade Federal de Goiás

Mestre e doutorando em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás. Professor do Departamento de Libras e Tradução, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás

Valdilene Elisa da Silva, Universidade Estadual de Goiás

Mestre em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás. Professora de Língua Inglesa da Universidade Estadual de Goiás.

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Publicado

2019-11-26

Como Citar

Rezende, T. F., Lima, H. J. de, & Silva, V. E. da. (2019). REARTICULAÇÃO DO IMPERIALISMO LINGUÍSTICO SOBRE A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA INDÍGENA. Revista X, 14(5), 42–55. https://doi.org/10.5380/rvx.v14i5.67359