MULHERES EM TRADUÇÃO: LITERATURA E INCLUSÃO SOCIAL

Autores

  • Liliam Cristina Marins Universidade Estadual de Maringá
  • Cielo Griselda Festino Universidade Paulista

DOI:

https://doi.org/10.5380/rvx.v14i5.67169

Palavras-chave:

tradução, resistência, autoria feminina, expansão interpretativa, visibilidade, grupos minoritários

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir as relações de poder e resistência por meio da tradução cultural, interlingual e literária provenientes de grupos considerados “minoritarizados”, como é o caso das mulheres de diferentes culturas. Entendemos que no ato da tradução as perspectivas ideológicas se manifestam não somente na temática, mas também no uso da linguagem, dos estilos narrativos e das estratégias de tradução que as tornam uma arma de resistência. Para ilustrar essa discussão, consideramos a apropriação do texto shakespeariano Romeu e Julieta por uma mulher da terceira idade, parte de uma comunidade maior, embora marginalizada – a Universidade da Terceira Idade. Em um movimento de expansão interpretativa, o gênero dramático e o modus operandi textual são ressignificados, a partir de uma perspectiva comunitária, social e ideológica. Logo, consideramos o que significa o ato tradutório em comunidades plurilíngues como a indiana, nos focando nas traduções de contos escritos por mulheres, sobre temáticas femininas, nas línguas vernáculas da Índia traduzidas para o inglês assim como para outras línguas regionais. Essa discussão está baseada no conceito de expansão interpretativa de Monte Mór (2015) e da tradução de Baker (2006), Derrida (2005), Devy (1997), Sobral (2008) e Tymockzo (2006).

Biografia do Autor

Cielo Griselda Festino, Universidade Paulista

Cielo G. Festino é doutora em literatura indiana de língua inglesa pela USP. Fez um programa de pós-doutorado sobre o conto nas línguas vernáculas da Índia, de autoria feminina, na Universidade Federal de Minas Gerais (2010-2012). É professora de literaturas de língua inglesa na Universidade Paulista, São Paulo e professora colaboradora do programa de Mestrado da Universidade Federal de Tocantins. É membro do projeto temático “Pensando Goa. Uma Biblioteca Singular em Língua Portuguesa” (USP/FAPESP). Tem várias publicações sobre literatura indiana, entre elas foi co-editora do volume da revista literária Muse India (vol. 70, 2016),dedicado à literatura de Goa de língua portuguesa, do do livro A House of Many Mansions: Goan Literature in the Portuguese Language. An Anthology of Original Essays, Short Stories and Poems (Margão, Goa: Under the Peepal Tree, 2017) e do volume "Goans on the Move" da Interdisciplinary Journal of Portuguese Diaspora Studies (Vol. 7, 2018).

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Publicado

2019-11-26

Como Citar

Marins, L. C., & Festino, C. G. (2019). MULHERES EM TRADUÇÃO: LITERATURA E INCLUSÃO SOCIAL. Revista X, 14(5), 22–41. https://doi.org/10.5380/rvx.v14i5.67169