MULHERES EM TRADUÇÃO: LITERATURA E INCLUSÃO SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v14i5.67169Palavras-chave:
tradução, resistência, autoria feminina, expansão interpretativa, visibilidade, grupos minoritáriosResumo
O objetivo deste artigo é discutir as relações de poder e resistência por meio da tradução cultural, interlingual e literária provenientes de grupos considerados “minoritarizados”, como é o caso das mulheres de diferentes culturas. Entendemos que no ato da tradução as perspectivas ideológicas se manifestam não somente na temática, mas também no uso da linguagem, dos estilos narrativos e das estratégias de tradução que as tornam uma arma de resistência. Para ilustrar essa discussão, consideramos a apropriação do texto shakespeariano Romeu e Julieta por uma mulher da terceira idade, parte de uma comunidade maior, embora marginalizada – a Universidade da Terceira Idade. Em um movimento de expansão interpretativa, o gênero dramático e o modus operandi textual são ressignificados, a partir de uma perspectiva comunitária, social e ideológica. Logo, consideramos o que significa o ato tradutório em comunidades plurilíngues como a indiana, nos focando nas traduções de contos escritos por mulheres, sobre temáticas femininas, nas línguas vernáculas da Índia traduzidas para o inglês assim como para outras línguas regionais. Essa discussão está baseada no conceito de expansão interpretativa de Monte Mór (2015) e da tradução de Baker (2006), Derrida (2005), Devy (1997), Sobral (2008) e Tymockzo (2006).
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