A EDUCAÇÃO COMO CUIDADO DE SI: PRÁTICAS DE LIBERDADE DOS CORPOS INFAMES
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v14i4.66078Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar quatro reportagens, retiradas de um portal brasileiro de notícias on-line, em que três travestis doutoras são entrevistadas e tratam de questões relacionadas à obtenção do referido título acadêmico. Dito isso, pretende-se discutir acerca das práticas do cuidado de si por meio da educação pelo sujeito travesti e analisar como, por meio dessas práticas, há a possibilidade de exercício de práticas de liberdade, em um movimento de resistência e transgressão à cisheteronormatividade, que normatiza e normaliza os corpos e as condutas dos sujeitos no que tange às suas práticas de sexualidade. Como arcabouço teórico, esta pesquisa está ancorada nos pressupostos teóricos do pensamento foucaultiano acerca da ética e estética de si e de Pennycook (1996) para a discussão sobre a Linguística Aplicada Transgressiva. Os resultados deste estudo indicam que a transgressão, no funcionamento das relações de poder, é um dos principais elementos para que seja possível o exercício de práticas de liberdade pela travesti e que o cuidado de si, nas práticas educacionais, também opera para que esse corpo resista e seja livre.
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