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O PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE HERANÇA NA GUIANA FRANCESA: ENTRE REALIDADES E POTENCIALIDADES

Karen Kennia Couto Silva

Resumo


O aumento dos fluxos migratórios internacionais e o crescente estabelecimento de comunidades de imigrantes no exterior têm suscitado estudos que buscam compreender não somente as causas e os perfis migratórios, mas também questões relacionadas aos direitos do imigrante/emigrante para uma melhor inserção social dessas comunidades. Ademais, desde a Declaração Universal dos Direitos Linguísticos (UNESCO, 1996), tem sido demandada aos Estados a necessidade de assegurar tais direitos por meio de políticas públicas. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo apresentar e descrever um dispositivo de política linguística francesa em favor do português como língua de herança na Guiana Francesa: a Section Internationale Brésilienne do Lycée Melkior-Garré. Para tanto, em um primeiro momento, procuraremos contextualizar a política linguística enquanto política pública, com o intuito de melhor compreender o nosso objeto de estudo. Em seguida, apresentaremos diferentes definições de língua de herança (LH), ressaltando as diversas nomenclaturas adotadas e os diferentes contextos de uso em estudos da área da Linguística Aplicada. A partir desse percurso, argumentaremos que a Section Internationale Brésilienne do Lycée Melkior-Garré é uma importante experiência de ensino de português na Guiana Francesa, na qual o governo brasileiro pode se apoiar para conformar sua própria política com vistas à promoção do português como língua de herança.


Palavras-chave


política linguística; política pública; português como língua de herança; comunidade brasileira

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v13i1.60675