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BILÍNGUE, EU? REPRESENTAÇÕES DE SUJEITOS BILÍNGUES FALANTES DE PORTUGUÊS E INGLÊS

Antonieta Heyden Megale

Resumo


Nunca antes os termos bilinguismo e educação bilíngue estiveram em tamanha evidência na sociedade brasileira. O país assiste a um grande aumento na chegada de imigrantes de nacionalidades diversas. Somando-se a isso, não se pode ignorar os impactos da globalização que, como argumentam McGrew e Held (1992), conectam comunidades em novas combinações de espaço-tempo. Frente a esses dados, o objetivo deste trabalho é o de discutir as representações de sujeitos falantes de português e inglês sobre o que é ser bilíngue e o que é bilinguismo. Os relatos analisados foram obtidos a partir da pergunta: Você se considera bilíngue? Por quê?. Proponho uma interpretação discursiva desses relatos, apoiada em autores que versam sobre representações sociais, como Moscovici (2003) e Jodelet (2001) e teóricos que discorrem sobre bilinguismo e bilingualidade como Maher (2007), Hamers e Blanc (2000), Heye (2003) e García (2009). A análise dos dados apontou para uma dificuldade dos sujeitos desta pesquisa de se denominarem bilíngues. Notou-se que vigora, ainda, no Brasil, o ideal monolíngue. Dessa forma, ser bilíngue exige definições e justificativas como se observou entre as narrativas dos participantes, que tentam buscar, na teoria, explicações para a aceitação de sua condição. 


Palavras-chave


bilinguismo; bilíngue; bilingualidade; representações

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v3i0.28181