QUALIDADE AMBIENTAL EM FRAGMENTOS DE EUCALYPTUS SPP. DETERMINADA A PARTIR DE PROCESSOS FUNCIONAIS DA SERAPILHEIRA
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v57i0.92353Keywords:
Processos Ecossistêmicos, Decomposição da Serapilheira, Retenção Hídrica da SerapilheiraAbstract
O objetivo do estudo foi compreender a influência do cultivo de Eucalyptus spp., sobre a qualidade do ambiente em que está inserido. Para tal, foram utilizadas três áreas amostrais (eucaliptais) e uma área controle, composta por vegetação heterogênea. Foram realizadas, mensurações da perda de massa da serapilheira foliar, testes de capacidade de retenção hídrica (CRH), e, mensuração da concentração de macronutrientes e das frações orgânicas (lignina, celulose e polifenóis) na serapilheira. As amostras de serapilheira da área controle apresentaram coeficiente de decomposição (k) (0,78; 0,82; 0,87) significativamente maiores que as das amostras de Eucalyptus spp. (0,51; 0,52; 0,55). Para a CRH, as amostras provenientes da área controle apontaram valores entre 161% e 339%, com valor médio de 260%. Que foram significativamente maiores que os das áreas de eucaliptais, que variaram entre 72% e 156%, com valor médio igual a 112%. Quanto ao teor dos macronutrientes, para a concentração de N e Mg na serapilheira, as amostras coletadas na área controle apresentaram valores médios significativamente maiores que as amostras das áreas de eucaliptais. Quanto aos teores de lignina e polifenóis, as amostras coletadas nas áreas de eucaliptais apontaram valores significativamente maiores que os apresentados pela área controle. Os resultados obtidos, apontaram para forte correlação estatística entre as concentrações de N, Mg, lignina e polifenóis, no material foliar amostrado, taxas de decomposição e capacidade de retenção hídrica. A decomposição de Eucalyptus spp. apresentou lenta decomposição, fortemente ligada à sua composição química, o que dificulta a ação dos agentes decompositores.
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